Corumbá e a região têm potencial para desenvolver uma das ZPEs de maior sucesso no País, atraindo grandes indústrias nacionais e multinacionais para processar sua matéria-prima abundante, como o minério, disse o presidente da Associação Brasileira de Zonas de Processamento de Exportação (AbraZpe), Helson Cavalcante Braga.
O dirigente, que há mais de 20 anos está à frente do movimento de resistência para garantir a implantação dos distritos industriais criados entre os anos 80 e 90 do século passado, participou de uma reunião técnica com o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira e sua equipe de governo, ontem.
“A potencialização mineral e de outros produtos, como a carne e a soja, fará dessa região um dos pólos importantes do País com o impulso da ZPE”, afirmou o dirigente. “Hoje, as empresas de mineração ganham muito exportando, mas o que fica para a região? Com a ZPE haverá desenvolvimento com oportunidades de negócios e trabalho.”
Segundo Helson Braga, a questão da área da ZPE, cedida pelo Governo do Estado à mineradora MMX, não é entrave para a implantação da unidade
Governo sensível
Pelo perfil industrial da região, na avaliação do presidente da AbraZpe, a nova área deve ter no mínimo
Braga detalhou, durante a reunião, as questões de regulamentação e incentivos fiscais da nova lei das ZPEs, que tramitou por dez anos no Congresso Nacional. Disse que das 17 unidades criadas no País, quatro estão pronta para operar (dependem de alfandegamento): Teófilo Otoni (MG), Araguaína (TO), Imbituba (SC) e Rio Grande (RS).
“A legislação anterior era muito restritiva em relação ao que se pratica em outros países e havia, no passado, interesse do governo em acabar com as ZPEs”, criticou o dirigente. “Hoje temos uma legislação boa e um governo decidido a tornar as ZPEs um grande negócios para regiões estratégicas. O presidente Lula foi sensível e teve lucidez ao aprovar a nova lei.”