A celebração dos 183 anos de independência da Bolívia é uma data pragmática para Corumbá e para os corumbaenses pelas relações de irmandade e comerciais que se fortaleceram ao longo dos anos na fronteira imaginária, fixada por águas e marcos. O histórico 6 de agosto de 1825 deve ser realçado também como parte de um processo de desenvolvimento da região, ainda em discussão.
Ao destacar a data e a luta dos bolivianos pela sua independência e pela reconstrução do país, após guerras e governos ditatoriais, o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira afirma que o momento é de refletir sobre o avanço da tão propalada integração dos povos latinos, do comprometimento recíproco de Brasil e Bolívia pela união e desenvolvimento de fato de uma região até há pouco esquecida.
A proclamação da independência da Bolívia consolidada em 6 de agosto de 1825 pôs fim ao poder espanhol na América Hispânica. Simón Bolívar, conhecido como o Libertador da América, foi o primeiro presidente da Bolívia. O Alto Peru, mais tarde conhecido como Bolívia, dependia do vice-reinado do Rio da Prata desde 1776. O atual presidente, Evo Morales, prometeu soberania como nova independência.
Avanços
Corumbaenses e bolivianos que vivem aqui já fazem a sua integração, vivendo em harmonia e buscando, por meio do poder público e da sociedade organizada, soluções para problemas comuns nas áreas de segurança, saúde e relações comerciais. Atualmente, um conselho transfronteiriço, envolvendo Corumbá, Puerto Quijarro e Puerto Suarez, debate políticas integradas para superar entraves diplomáticos.
“A integração do nosso povo com o povo boliviano é importante em todas as áreas”, realça o prefeito. Ele defende o fortalecimento da integração e medidas que resolvam as burocracias existentes para que haja um bom relacionamento com o país vizinho, lembrando que o crescimento da Bolívia refletirá positivamente em Corumbá, que hoje absorve a pressão da pobreza do outro lado da fronteira.
Os avanços dessa aproximação já se percebem, na avaliação de Ruiter, citando o envolvimento de gestores corumbaenses e bolivianos na definição de um diagnóstico que aponte políticas integradas para promover ações que beneficiem a região. Também lembrou do comprometimento do presidente Lula em apoiar o governo boliviano na recuperação econômica e social do país.
Mercosul
A parceria do Brasil na construção do corredor bioceânico, segundo o prefeito, é um gesto de estadista do presidente e da sua política de fortalecimento da América Latina. Parte da rodovia Santa Cruz de
O Fundo de Equalização do Mercosul, criado em 2007 pelos países que integram o mercado comum, é um instrumento vital para fortalecer a integração com o vizinho país com projetos estratégicos na fronteira, em áreas como segurança, educação, transportes, turismo, comércio e saúde. De um total de U$ 100 milhões para investimento, o Brasil disponibilizará de U$ 15 milhões.