O Dia Mundial do Diabetes é celebrado em 14 de novembro. Foi definida pela Federação Internacional de Diabetes (IDF), entidade vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS), e introduzida no calendário em 1991, como resposta ao alarmante crescimento do diabetes em todo o mundo.
Em 2007, a Assembléia-Geral da ONU aprovou a Resolução nº 61/225, considerando o diabetes um problema de saúde pública e conclamando os países a divulgarem esse dia como forma de alerta e os governos a definirem políticas e suporte adequados para os portadores da doença.
Por coincidência, também em 2007, entrou em vigor, no Brasil, a Lei nº 11.347/2006 de autoria do ex-senador José Eduardo Dutra, que dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos, e materiais necessários à sua aplicação, para o tratamento de portadores de diabetes, reforçando, assim, a garantia constitucional do Sistema Único de Saúde (SUS) de atendimento universal e equânime.
Foco da campanha
Por dois anos consecutivos, a IDF destacou, como foco da campanha, as crianças e os adolescentes, com o objetivo de aumentar a conscientização de pais, cuidadores, professores, profissionais de saúde, governos, políticos e sociedade em geral para um fenômeno mundial preocupante: o diabetes é uma das doenças crônicas mais comuns na infância.
Segundo a IDF, o diabetes tipo 1 cresce cerca de 3% ao ano em crianças na fase pré-escolar. Já o diabetes tipo 2, antes tido como uma doença de adulto, vem crescendo em taxas alarmantes em crianças e adolescentes, como conseqüência da epidemia mundial de sedentarismo, da obesidade e de maus hábitos de consumo alimentar. Soma-se a esses fatores, os diagnósticos inadequados e tardios com graves conseqüências para a criança.
Após a resolução aprovada pela ONU em 2007, entidades mundiais, comunidade global, associações de portadores e entidades científicas ligadas ao diabetes fizeram uma ação para iluminar monumentos e edifícios, em todo o mundo, com ícones em azul para marcar o dia 14 de novembro.
Um total de 279 monumentos-ícone foram iluminados com as mensagens da campanha de 2007, que foram vistas por cerca de 1,2 bilhão de pessoas nos cinco continentes. No Brasil, foram 65 monumentos, entre eles o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (RJ); o Elevador Lacerda, em Salvador (BA); o Museu de Arte de São Paulo (MASP), a Santa Casa de Misericórdia e Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo (SP).
Os prédios iluminados funcionam como sinalizadores de esperança para milhões de portadores de Diabetes em todo o mundo, chamando a atenção de governos e da sociedade para o fato de que a epidemia global da doença não pode mais ser ignorada.
Em 2008, a meta é alcançar um total de 500 monumentos; 265 já estão confirmados em mais de 25 países comprometidos em tornar o mundo azul. O objetivo é chamar a atenção sobre o impacto do diabetes, sobretudo para estimular políticas públicas que favoreçam e possibilitem que os portadores da doença vivam mais e melhor.
No Brasil, diversos eventos já estão programados por parte de entidades privadas e públicas, entre eles a iluminação da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis (SC), do elevador Lacerda em Salvador (BA), do Maracanã e do Cristo Redentor no Rio de Janeiro (RJ), além de outras atividades em diversas de cidades brasileiras. (Fonte: Ministério da Saúde)