Produtores querem inserir cordeiro no mercado corumbaense

 Prefeitura de Corumbá

  
Confinamento começou esta semana e faz parte de programa desenvolvido pela Prefeitura e parceiros

Produtores rurais de Corumbá iniciaram um trabalho na região pantaneira para inserir definitivamente a carne do cordeiro no mercado local. Através de um programa de confinamento, três grupos estão trabalhando com 205 animais que, em 15 de dezembro, estarão prontos para o abate, atendendo o consumidor durante o período de Natal e Ano Novo.

O projeto está sendo desenvolvido através de uma parceria entre a Prefeitura Municipal, através da Secretaria Executiva de Desenvolvimento Agropecuário, ligada à pasta da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável; produtores rurais, e a empresa Pantagro, com assistência técnica do médico veterinário Carlos de Barros Leite Junior, consultor em ovinocultura.

Segundo o gerente de Assistência Técnica e Fomento Agropecuário da secretaria, Marcelo Roberto Wanderley Filho, o projeto de engorda de cordeiro em confinamento, seria iniciado em 2009. “Optamos por antecipar, mesmo porque servirá como experiência”, diz.

No final da tarde de quinta-feira, o gerente visitou a propriedade do Sr. Francisco de Assis, Sítio Santana, no assentamento Taquaral, onde funciona um dos pólos de confinamento.

No local, 60 animais de dois e três meses, estão sendo mantidos em confinamento e, até o dia 15 de dezembro, estarão prontos para o abate. “Temos aqui, cordeiros de um grupo de oito produtores rurais e a intenção é colocar todos eles no mercado interno, inserindo a carne do animal na mesa do consumidor corumbaense”, informou.

O produto já tem mercado garantido em Campo Grande. No entanto, a idéia e manter os animais em Corumbá, negociando com uma rede de supermercado local, para que a carne faça parte da mesa do consumidor neste final de ano.

“Temos o Panoff na região. São três supermercados na cidade. Vamos entrar em entendimento com a direção do grupo e ver a possibilidade de ampliar esta parceria, colocando a carne na rede. A preferência é manter o cordeiro aqui e só exportar se não tivermos mercado interno”, disse.

Confinamento

Segundo Carlos Leite Junior, o projeto de confinamento faz parte do programa de incentivo à ovinocultura em Corumbá. “Animais de 60 a 90 dias de vida, são retirados do pasto e confinados. Desmamados, passam a se alimentar somente com a ração especial completa”, comenta.

Diz que não se trata apenas de confinar o cordeiro. Há um processo antes, durante e no final do confinamento. O primeiro passo é a aplicação do vermífugo e de uma vacina contra enterotoximia, doença causa pela mudança alimentar. “Ele é desmamado e sai do pasto para a ração. Por isso é necessário todo cuidado”, complementa.

Além disso, o animal é pesado antes de entrar no processo de confinamento. “São quatro pesagens pata termos controle do ganho de peso. Uma antes, duas durante e a quarta, no final do período”, explica. Lembra que o consumo diário de ração por animal, ao dia, é de um quilo. “Cada um ganha em média, 280 gramas de peso ao dia. No final, saem do confinamento com um ganho de 35 quilos em média, pronto para o abate”, ressaltou.

Três pólos

Além do pólo do Taquaral, onde estão animais dos produtores Francisco, Paulo Sérgio, José e o filho Paulo, Odair, Ernesto, Daniel Guerreiro e Maria de Lourdes, outros dois também iniciaram o sistema de confinamento esta semana.

Um deles é na Fazenda Nhuporã, onde estão confinados 75 animais, 55 do produtor Carlos Leite e 20 de Salvador. Já na fazenda de Diego Vieira, mais 70 cordeiros, 40 do proprietário e outros 30 de Rolindo Reginold.

“Mercado nós já temos. Este ano enviamos cordeiros para o hipermercado Carrefour. No entanto, a intenção é abastecer o mercado local. Buscar parceria aqui”, reforça Junior.

Ele lembra que a estimativa é chegar no dia 15 de dezembro, com uma média de 200 arrobas de carne de cordeiro, quase três mil quilos. Informa que a arroba é vendida em média a R$ 100,00 e o quilo chega à mesa do consumidor a R$ 8,00.

A ração

Outra informação é que a ração consumida pelo cordeiro está sendo produzida em Corumbá, na indústria da Pantagro. O empresário Paulo Machado também acompanha o processo. Ele estabeleceu uma parceria com a Prefeitura, que subsidia a compra do alimento. A saca, com 30 quilos, custa em média R$ 19,50. Sai a R$ 14,40. “Tudo isso para viabilizarmos este novo projeto”, afirma Marcelo Roberto.

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