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O prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT), destacou em entrevistas para a TV Morena e ao site de notícias Campo Grande News, as expectativas para esta nova gestão em Corumbá, iniciada em 1º de janeiro de 2009. O prefeito abordou temas como a crise financeira internacional, paralisação das mineradoras, saúde, segurança e obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no município. O chefe do Executivo corumbaense ainda comentou ações que deverá implantar com a finalidade de incrementar o setor turístico e aproveitar o Pantanal para atrair pessoas e riquezas para a cidade.
Na avaliação do prefeito, a crise financeira pela qual o mundo atravessa afetou o município. “Todas as grandes mineradoras e siderúrgicas paralisaram, há expectativa de retorno em 90 dias, mas ainda estamos em processo de calcular a dimensão dessa crise. Em decorrência disso há demissões, falta de circulação de riquezas, portanto prejudica substancialmente a questão do desenvolvimento de Corumbá e impacta a receita municipal”. Segundo o prefeito, somente em ISS o município perder cerca de R$ 300 mil mensais.
A queda nas exportações de Corumbá, na análise do chefe do Executivo, está diretamente ligada à crise. “Grande parte da produção vai para o mercado internacional, então ficamos muito prejudicados”, argumentou. “Vemos que a commodity minério de ferro tem tendência de se recuperar, Corumbá é a melhor jazida, tecnicamente falando, ainda há demanda pelo minério de Corumbá o que nos leva a crer que as atividades serão retomadas”, complementou.
Ruiter comentou que a cidade passa por um momento de franco desenvolvimento desencadeado, entre outros motivos, pelas obras do PAC. “Estão tocando dois pontos vitais aqui. Primeiro a questão de saneamento, nós não tínhamos nem 1% de esgoto, e a partir as obras do PAC, serão atendidos mais de 90% do município de Corumbá. Outra questão é a drenagem, infra-estrutura, e construção de casas. Segundo dados do governo, Corumbá era o município que tinha o maior déficit habitacional do Estado e isso vai ser amenizado a partir de agora”, afirmou.
Ações na segurança
O prefeito lembrou que o presidente Luiz Inácio da Silva foi sensível aos problemas de Corumbá e determinou a inclusão da cidade no PAC. Lula visitará o município no próximo dia 15 de janeiro. A vinda do presidente é aguardada com expectativas e classificada como “muito positiva”. “O presidente Lula goza de um prestígio muito grande com o povo corumbaense, tem sido responsável direto pela transformação que Corumbá passa, em decorrência do PAC, da recuperação da BR 262”.
Para este segundo mandato, Ruiter Cunha afirmou que “alguns pontos precisam ser ajustados” para garantir maior “eficiência” à máquina administrativa em função da crise financeira global. “Vamos fazendo alterações na estrutura administrativa. Minha idéia é começar o governo preenchendo apenas os cargos básicos, e algumas pessoas vão ter que acumular funções”.
Ruiter declarou que sua administração tem buscado soluções para melhorar a qualidade da saúde pública local. “Estamos atuando em duas vertentes, a primeira é ampliar as instalações físicas e melhorar o atendimento nestas instalações. Num segundo momento, ampliar os programas e serviços oferecidos pela Prefeitura. Estamos com a construção do Centro de Especialidades Médicas e do Centro Cardiovascular aqui no nosso município. São projetos já em andamento e durante 2009 começamos a implementá-los”.
A segurança pública também é alvo das preocupações e das ações do prefeito de Corumbá. “Embora seja obrigação constitucional do Estado, o Município tem dado a sua parte de colaboração. Quando assumimos em 2005, tínhamos apenas 89 guardas municipais e hoje estamos caminhando para 250. Esses guardas têm a função de zelar pelo patrimônio público municipal e também, em parceria com a Polícia Militar, aumentar o efetivo para fiscalização ostensiva e melhorar a segurança em nossa cidade”, argumentou.
A relação de Corumbá com os municípios bolivianos também foi avaliada pelo prefeito. “Tem dois lados, economicamente, em relação ao dólar, a gente tem vantagem e desvantagem em alguma época, o dólar alto inibe a ida à Bolívia e se consome mais no comércio interno. E o inverso também é verdade, mas vejo essa relação como muito confortável, apesar dos problemas, há uma relação de proximidade com a Bolívia, temos um problema crucial da segurança, mas temos feito reuniões, discussões para alterar esse quadro, tem problema de legislação. A Bolívia não reconhece algumas questões, que aqui é crime e lá não.
Por fim Ruiter destacou o crescimento do setor de turismo em Corumbá. “Já está consolidada a questão de eventos, mas Corumbá está inserido entre os 65 municípios dentro do plano nacional do turismo, nosso plano então é dinamizar ainda mais o potencial, a pesca é um setor que já está consolidado, no setor de eventos também estamos caminhando pra isso, mas tem a questão histórica, o turismo contemplativo, queremos aproveitar de fato o Pantanal ficar no nosso território, porque ainda há muito campo para ser explorado”.