A secretária especial de Integração de Políticas Públicas, Beatriz Ribeiro Cavassa de Oliveira, visitou nesta manhã a Casa do Massa Barro. Acompanhada por Lamartine de Figueiredo Costa, da Secretaria Executiva de Assistência Social, a primeira-dama corumbaense avaliou a situação do local, onde pelo menos 20 artesãos ganham o sustento familiar e cerca de 40 crianças e adolescentes aprendem a fazer esculturas de barro e argila.
“Neste início de gestão vamos visitar algumas instituições, levantar as maiores carências de cada um e ajudar naquilo que estiver ao nosso alcance. Hoje trouxemos aqui um bebedouro, que era uma solicitação emergencial do Massa Barro”, afirmou Dona Bia. Segundo ela, a Prefeitura também estuda uma proposta para reformar o prédio, construído na década de 80.
“A Casa do Massa Barro está incluída no Conselho Municipal de Assistência Social, o que permite este apoio financeiro do Município”, continuou Beatriz. De acordo com Lamartine, outras 25 instituições estão cadastradas junto ao Conselho Municipal e também serão visitadas ao longo do ano.
Outra preocupação da primeira-dama é com relação às crianças e adolescentes que frequentam a Casa do Massa Barro. “Além de um acompanhamento social, é preciso legalizar a situações dessas crianças e adolescentes de acordo com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)”, enfatizou.
A Prefeitura vai oferecer suporte jurídico para definir a participação dos menores como aprendizes de artesãos. “O estatuto da Casa vai completar 27 anos, enquanto o ECA tem 18. Por isso precisamos adaptar alguns itens para que a lei seja respeitada”, disse Emilson de Campos, diretor do Massa Barro. “Hoje essa é nossa maior preocupação”, enfatizou.
A Casa
A Casa do Massa Barro foi fundada em outubro de 1982 por Ida Sanches Mônaco, Carlos Alberto Mônaco e Josephina Por Deus da Silva. Ela fica no bairro Cervejaria, próxima à região da Cacimba da Saúde, uma das mais carentes da cidade.
Desde 2006, uma diretoria composta por 6 artesãos administra o local, onde trabalham cerca de 70 artesãos. Segundo Emilson, mais de 60% são crianças ou adolescentes. O objeto de trabalho é o barro, que nas mãos dos artistas se transforma em imagens sacras e, principalmente, em animais típicos da fauna pantaneira.
É o comércio dessas peças que mantém a Casa em funcionamento. “De tudo que é vendido pelo artesão, 20% é utilizado para manutenção do Massa Barro”, continuou o diretor. “É com esse dinheiro que pagamos as contas de água, luz e compramos os materiais de limpeza e a nossa matéria prima”, completou Emilson de Campos.