Pesque e solte no rio Paraguai movimenta turismo corumbaense

 Prefeitura de Corumbá

  
No barco, detalhes finais para início da aventura no Paraguai

A pesca esportiva no rio Paraguai, através da modalidade pesque e solte, já é um programa que atrai grande número de turistas a Corumbá, durante o mês de fevereiro. Desde o dia 1º a prática está liberada na calha do Paraguai e as embarcações voltam a movimentar o Porto Geral da cidade, subindo ou descendo o rio, lotados de turistas de várias regiões do Brasil.

Esta semana, um novo grupo iniciou a aventura pelas águas do Paraguai, rio acima. Na bagagem, carretilhas, molinetes, varas, anzóis, linhas de nylon e muita expectativa em se fisgar belos troféus (dourados, pintados, pacus, jaús, entre outros); além de máquinas fotográficas para registrar os belos momentos, antes de devolver o peixe às águas, e as belas imagens que só o Pantanal reserva.

São 15 pessoas que, durante toda semana, estão tendo a oportunidade de conviver com a natureza em pleno Pantanal sulmatogrossense. Geraldo Veríssimo Junior, empresário do setor de turismo, no aeroporto, enquanto recepcionava os pescadores, demonstrava otimismo com o novo momento da pesca esportiva na Cidade Branca.

“Em 2007, ficamos os quatro meses parado. Trabalhamos apenas na manutenção das embarcações. Este ano, estamos com este grupo e um outro que chega na próxima semana. A expectativa é boa”, afirmou. Para o empresário, o “ano está sendo muito atípico. Cerca de 10 embarcações deixaram o Porto Geral de Corumbá só no último final de semana, levando turistas para o pesque. Isto é sinal de que o turista está se conscientizando, que não pode levar o peixe, que é apenas o pesque e solte. Ele está vindo pelo momento de lazer”, comentou.

“Peixe é uma consequência – continuou. Não podemos ficar preso a ele. O turista já está entendendo dessa forma, se libertou da história de só pescar para levar. Isso é bacana, é a pesca ecológica”, comemora.

O empresário lembra também que, antes do pesque e solte, que começou a vigorar a partir de 2004, as empresas que atuam no setor ficavam quatro meses com atividades paralisadas. “Trabalhávamos oitos meses e, no outro período, tínhamos que fazer manutenção das embarcações. Isto representava gastos, sem contar com os impostos que temos que pagar durante o ano inteiro. Agora, temos um mês a mais para trabalhar”, diz.

Geraldo ressalta que, mesmo sem faturamento durante o período, os gastos aumentam não só com manutenção, mas com contratações. “Quem trabalha no período da pesca é demitido nesta época de piracema. Mas, temos que contratar outro tipo de mão de obra, marceneiro, carpinteiro, pintor, soldador, eletricista, entre outros, para a reforma das embarcações. Neste período, trabalhamos com cerca de 50 pessoas. Agora, com abertura da temporada, outra equipe é contratada para atender o turista”, completa.

Cultuar a pesca esportiva

Para o mineiro Ilton Rocha, 56 anos, o pesque e solte é uma prática esportiva que precisa ser cultuada. Adepto dessa modalidade já há 10 anos, diz que só “pesca por esporte”, soltando o peixe em seguida, não se importando se é no “rio ou no mar”.

Disse que é a primeira vez que pratica o pesque e solte em Corumbá, no rio Paraguai. Frequentador de rios brasileiros, demonstrava expectativa em “conquistar” belos troféus. Ilton acredita inclusive que esta prática vai pegar na região. “A pesca esportiva tem que ser cultuada para manter o peixe e o pescador”, reforça.

A mesma expectativa foi demonstrada pelo pequeno Bruno Diniz, 13 anos. Disse que faz este tipo de pescaria há três anos, mas esta é a primeira vez no Pantanal. “É legal pescar e devolver o peixe ao rio”, afirmava, apressado em subir ao ônibus e se dirigir ao Porto Geral, para iniciar a aventura. Antes de deixar o aeroporto, no entanto, avisou: “é preciso respeitar a lei e devolver o peixe ao rio”.

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