Corumbá reforça parceria para fortalecer apicultura pantaneira

 Prefeitura de Corumbá

  
Curso de manejo básico de colméias vai até sábado

A Prefeitura de Corumbá está reforçando parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso do Sul (SENAR), ligada à Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul), e com o Sindicato Rural, para o fortalecimento da apicultura no Pantanal, estimulando o pequeno produtor a explorar o potencial da região, para ganhar o mercado brasileiro.

Ontem, terça-feira, foi iniciado mais um curso de Manejo Básico de Colméias, que está sendo aplicado pelo educador Élcio Wagner Prizão, do SENAR, destinado a um grupo de nove pessoas que, a partir da conclusão, serão multiplicadores de conhecimentos junto a outros produtores rurais da região. Dois alunos são servidores da Embrapa Pantanal.

O curso tem numa carga de 40 horas/aula e foi aberto pelo secretário executivo Pedro Luiz de Souza Lacerda, de Desenvolvimento Agropecuário, que destacou a possibilidade do Senar estar repassando informações tecnológicas para o produtor rural, visando aumento da produção e da renda familiar, aliada à preservação ambiental.

Segundo Élcio Wagner, o curso é bastante versátil com a parte prática sendo aplicada junto à teórica, inclusive no campo. Explicou que estão sendo repassadas aos alunos, noções básicas sobre anatomia das abelhas, instalações e montagem de apiário, captura de enxame silvestre, manejo de colméias, melhoramento e seleção genética, substituição de favo velho, identificação de ponto de colheita através da observação da umidade do mel, noções básicas sobre boas práticas de manipulação do mel para evitar contaminação, extração e manipulação do mel, laminação e alveolação da cera (fabricação das placas de cera), além de noções de preservação ambiental, métodos de formação do apiário como divisão de enxame, formação, instalação da caixa isca para captura de enxames silvestres (voadores).

O educador adiantou que para melhoramento genético da colméia, é necessário substituição da rainha velha por outra mais nova, “no caso, filha de rainha de outra colméia com boa produtividade, de boa procedência,  com produtividade”.

Para ele, o fortalecimento da cadeia produtiva é importante, principalmente levando-se em consideração que a apicultura é uma cultura rentável. “Basta o produtor se conscientizar que tem que fazer circular a mercadoria, aumentar a sua produção, pensando sempre em reduzir custos, para competir com o mercado”, comentou.

Sobre a região, disse que o Pantanal é ótimo para a apicultura, “espetacular”. Conforme ele, possui um “enorme potencial” e que a “apicultura aqui, é pouco explorada”. No entanto, faz uma ressalva lembrando que apicultores de estado, vizinhos, já estão descobrindo o Pantanal, que tem um bom potencial para produção do mel, “principalmente por ser um produto orgânico, livre de agrotóxicos”.

Mercado

Outra vantagem apontada pelo educador do Senar é o mercado. Lembra que um dos principais compradores do mel é o próprio Governo Federal, que absolve praticamente 50% da produção nacional na merenda escolar.

Por isso ele considera importante o fortalecimento da cadeia produtiva no Pantanal, ainda pouco explorado. Para se ter idéia, estima-se que existam cerca de 30 produtores na região. No estado são cerca de três mil, com uma produção estimada em 600 toneladas ao ano.

O curso vai até sábado, dia 30, e atraiu pessoas até de outras cidades. É o caso de Livia Roberta Lopes Santana, 26 anos, de Ladário. Ele foi à Casa da Cidadania para se inscrever no Projovem Trabalhador e tomou conhecimento do curso. “Me inscrevi. É bom para meu aprendizado”, afirmou. Disse estar gostando e planeja implantar seu próprio apiário.

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