Prefeitura inicia ação para reduzir casos de dengue na cidade

 Fotos: Clóvis Neto

  
Telas podem contribuir para redução da infestação do Aedes aegypti

A Prefeitura de Corumbá está adotando uma nova estratégia para reduzir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Dois projetos pilotos foram colocados em prática nesta segunda-feira, 27, em mil imóveis localizados em quatro regiões da cidade, que apresentam alto índice de infestação do mosquito: Popular Velha, Centro América, Guarani e Guanã. O trabalho está sendo desenvolvido pelo Centro do Controle de Zoonoses (CCZ), da Secretaria Executiva de Saúde e os alvos são os reservatórios de água localizados a nível de solo, apontados como criadouros predominantes e responsáveis direto pelo crescimento da doença.

A ação foi iniciada pelo Guarani e Guanã. Nestas duas regiões, agentes de endemias instalarão 500 telas de poliester nos reservatórios, para evitar entrada de insetos e sujeira. Já na Popular Velha e Centro América, serão implantados 500 refis contendo larvecida, para tratamento da água, eliminando larvas do mosquito Aedes aegypti.

Os trabalhos foram iniciados pelo Guarani, acompanhados pela bióloga Quelen Dayany Sena, do CCZ. Ela, juntamente com a também bióloga Michele Soares de Lima, foram responsáveis pelo desenvolvimento dos dois projetos que fazem parte do programa de combate à dengue do Ministério da Saúde, e adaptados à realidade local.

Quelen informou que os dois projetos serão desenvolvidos durante um ano e, o primeiro ciclo, foi iniciado na manhã de hoje, com instalação das telas. Os refis começam ser colocados nos reservatórios no período da tarde.

Segundo a bióloga, equipes do CCZ farão o monitoramento dos dois projetos, inclusive com computação gráfica e também através de exames laboratoriais. “A expectativa é pela redução do índice de infestação. Mas, para que tenhamos sucesso, a população precisa colaborar. Estamos possibilitando todas as condições para o morador, mas é preciso que ele também faça sua parte, mantendo os refis e as telas nos locais, principalmente quando for fazer limpeza do reservatório. O manuseio será fundamental”, ressaltou.

  
Moradora é orientada sobre manuseio da capa

Reservatórios

A decisão em instalar as telas (capas protetoras) e os refis nos reservatórios de água localizados a nível de solo, se deve ao fato de que todos os Levantamentos de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) realizados na cidade, apontam estes locais como os principais responsáveis pela proliferação do mosquito. Em alguns locais, chegam a 70%.

“Vamos acompanhar os dois projetos e ver qual deles é mais eficiente e mais viável no município”, diz Quelen, lembrando que a instalação do refil e também da tela está acontecendo por amostragem, em locais estratégicos. Além disso, os moradores atendidos estão assinando um termo de responsabilidade, mantendo não só a tela, mas também o refil nestes locais, para facilitar acompanhamento através dos agentes de endemias e também de técnicos do laboratório do CCZ.

No Guarani, Eudete Alves da Silva, 58 anos, moradora na Alameda Riachuelo, lote 24, foi uma das moradoras atendidas pelo projeto. Ela mantém em sua casa, um reservatório a nível de solo, que estava com uma tampa plástica, insuficiente para evitar entrada de mosquito e também de sujeira.

Ela concordou com a instalação da tela e se comprometeu em atender as exigências. “Aqui ainda não tivemos nenhum caso de dengue, mas é sempre bom prevenir”, comentou, após receber as orientações da agente de endemias, que fez tratamento da água antes de inserir a tela, apropriada para caixas de água de até 1.000 litros.

Antônio Carlos – Subsecretaria de Comunicação Institucional

 

  
Reservatórios de água a nível de solo, problema na cidade

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