Saúde monta estratégia para conter avanço do Aedes aegypti

 Marcos Boaventura/PMC

  
Meta é reduzir proliferação do mosquito em reservatórios de água

O setor de Saúde Pública da Prefeitura Municipal inicia na próxima segunda-feira, uma ação estratégica para conter o avanço da proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. O trabalho será desenvolvido por equipes do Centro de Controle de Zoonoses, da Secretaria Executiva de Saúde e os alvos serão os reservatórios de água localizados a nível de solo, apontados como criadouros predominantes e responsáveis direto pelo crescimento da doença.

A informação é da gerente de Vigilância em Saúde da Prefeitura, Viviane Ametla. Conforme ela, os reservatórios localizados a nível de solo, são os principais responsáveis pela grande incidência do Aedes aegypti na região e, no sentido de conter o avanço da doença, duas biólogas do CCZ, Michele Soares de Lima e Quelen Dayany Sena, desenvolveram dois projetos pilotos que serão implantados a partir de segunda-feira, em quatro bairros da cidade, que apresentaram alto índice de infestação.

Viviane explicou que as duas estratégias que serão adotadas a partir de segunda-feira, fazem parte do programa de combate à dengue do Ministério da Saúde. Segundo ela, as duas biólogas realizaram estudos e adaptaram os projetos à realidade local e o resultado será acompanhado através de um sistema de computação gráfica e o que apresentar melhor resultado, será estendido a todos os bairros da cidade.

Segundo as biólogas, Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) realizado na cidade, apontam os reservatórios de água localizados a nível de solo como os principais responsáveis pela proliferação do Aedes aegypti. Em alguns locais, chegam a 70%. “A partir dos dois projetos pilotos, vamos realizar o monitoramento desses reservatórios”, diz Michele.

Refil e tela

Um dos projetos pilotos será a instalação de refil com larvecida no interior dos reservatórios. Por um período de dois meses, será feita avaliação destes locais para saber se houve redução da incidência ou mesmo se a larva do mosquito está susceptível ao produto. O trabalho será desenvolvido em 500 reservatórios localizados nos bairros Popular Velha e Centro América.

Já o segundo projeto será desenvolvido através de telas, conhecidas como capa de filó, semelhantes a mosquiteiro, para impedir a entrada do mosquito nestes locais. O trabalho será no Guanã no Guarani, também em 500 reservatórios.

“Vamos acompanhar os dois projetos e ver qual deles é mais eficiente e mais viável no município”, diz Quelen, lembrando que a instalação do refil e também da tela será por amostragem, em locais estratégicos. Além disso, os moradores atendidos terão que assinar um termo de responsabilidade, mantendo não só a tela, mas também o refil nestes locais, para facilitar acompanhamento através dos agentes de endemias e também de técnicos do laboratório do CCZ.

Viviane esclarece também que a população deve contribuir para se obter sucesso desse trabalho que será realizado. “Antes, através de ação do Ministério da Saúde, eram distribuídas tampas plásticas para cobertura dos reservatórios. Acontece que estas tampas era utilizadas para outros fins, inclusive cobertura de casas de cachorros. Agora, pedimos que os moradores se conscientizem e mantenham tanto o refil como as telas, para que possamos fazer o monitoramento”, reforçou.

Antônio Carlos – Subsecretaria de Comunicação Institucional

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