Clóvis Neto |
Os investimentos do município e as parcerias estabelecidas com instituições, inclusive não-governamentais, estão contribuindo decisivamente para melhoria na qualidade do ensino fundamental em Corumbá. Na avaliação do secretário-executivo de Educação, Hélio de Lima, os resultados positivos dessas parcerias estão aparecendo tanto na zona urbana como na área rural e zonas ribeirinhas, onde o calendário escolar é diferenciado das demais unidades de ensino, devido ao ciclo das águas.
O secretário ressalta que todo o trabalho em desenvolvimento na cidade, no campo e na região ribeirinha tem um único objetivo: atingir um bom resultado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), criado em 2007 pelo Governo Federal, para medir a qualidade do ensino no País. Boas notas neste índice indicam que a educação está melhorando.
O indicador é calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e em taxas de aprovação. Assim, para que o Ideb de uma escola ou rede cresça é preciso que o aluno aprenda, não repita de ano e frequente a sala de aula.
O secretário informa que esta é a orientação do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT). Hélio diz que os investimentos acontecem tanto na estrutura física, como também no setor administrativo e pedagógico, “possibilitando todas as condições para que o aluno tenha um melhor aprendizado, maior interesse pelos estudos”, destaca.
Meta
Hélio de Lima lembra que o índice é medido a cada dois anos e o objetivo é que o País, a partir do alcance das metas municipais e estaduais, tenha nota 6 em 2022 – correspondente à qualidade do ensino em países desenvolvidos.
Em Corumbá, nos anos iniciais do Ensino Fundamental em 2005, o índice era de 3,1. A meta projetada para 2007 foi de 3,1. O município ultrapassou. Atingiu 3,4, apenas 0,1 abaixo do projetado para este ano de 2009, que é de 3,5. A meta estabelecida para 2021 é de 5,4.
Nos anos finais o índice atual também pode ser considerado satisfatório. Em 2005, era de 2,7. A meta estabelecida para 2007 foi de 2,8. Atingiu 3,0 que era a meta projetada para 2009. A índice estabelecido para 2021 é de 4,9.
O secretário lembra que além dos investimentos, existem parceiros importantes no desenvolvimento de projetos que estão sendo fundamentais para esta conquista. Cita como exemplo a ONG Ecologia e Ação que, com apoio do Criança Esperança da Rede Globo, realiza o projeto “Crianças das Águas Pantanal: identidade e cidadania”, voltado para a comunidade de Porto da Manga, Baía do Castelo, Paraguai-Mirim e Barra do São Lourenço.
O projeto tem como parceiros a própria Secretaria Executiva de Educação, Secretaria Executiva de Saúde Pública, Marinha do Brasil, Embrapa Pantanal, Ibama (Unidade Regional Corumbá), UFMS, Paz e Natureza Pantanal (PNP), Projeto Natureza e Pobreza, Núcleo de Ecomunicadores dos Matos e Rede Aguapé.
“Temos também um outro parceiro importante na região das águas que é o Instituto Acaia – Núcleo Acaia Pantanal, responsável por um projeto no Jatobazinho, com salas multiseriadas, da 1ª à 5ª séries do Ensino Fundamental, além de refeitórios, dormitórios e área de lazer.
Trinta e nove alunos estudam no local, em regime de semi-internato por um período de seis meses. “É uma experiência nova, com metodologia diferenciada, que com certeza, também trará resultados positivos”, comemora.
A unidade faz parte da Extensão Rural Porto Esperança, conta com embarcações para atender as necessidades da escola, inclusive para transporte dos pais até o local, durante o período letivo, para que as crianças não fiquem muito tempo longe do convívio familiar.
A extensão é dotada de um prédio com duas salas de aula multiseriadas, cozinha, refeitório, área de serviço, dormitórios masculino e feminino para os alunos, dormitórios para professores e funcionários, além de banheiros masculinos e femininos.
Antônio Carlos – Subsecretaria de Comunicação Institucional