Marcos Boaventura |
Galerias vão contribuir para eliminação de inundações, como a de 1992 |
A Prefeitura de Corumbá trabalha para minimizar os problemas causados por inundações na cidade, que já causaram dramas à população nas duas últimas décadas. A estratégia adotada pelo prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) foi viabilizar projetos com toda estrutura para captação de águas pluviais. Atualmente, na região urbana, todas as obras de pavimentação asfáltica vêm acompanhadas de drenagem, incluindo enormes galerias em pontos estratégicos, que serão responsáveis pelo escoamento da água que desce da região de morraria, em período de chuva, que tantos prejuízos já causaram ao corumbaense.
A decisão de investir em obras estruturantes para minimizar os problemas foi tomada pelo prefeito logo no início de sua primeira gestão, em janeiro de 2005. Na época, chuvas torrenciais causaram inundações em diversos bairros, especialmente no Cravo Vermelho, Cristo Redentor, Nossa Senhora de Fátima, Popular Nova e Aeroporto. Durante visitas e contatos com as famílias atingidas, Ruiter orientou sua equipe a iniciar serviços emergenciais para contornar a situação e, ao mesmo tempo, elaborar projetos contemplando principalmente drenagem e galerias pluviais.
As obras de drenagem, inclusive profunda, foram iniciadas imediatamente, antes de implantação de pavimentação asfáltica. O primeiro bairro atendido foi o Aeroporto, com a reformulação total de uma obra na Rua Gonçalves Dias, no Aeroporto, já que o projeto anterior não resolveria o problema. Paralelamente, foi iniciada uma drenagem no bairro Nossa Senhora de Fátima, ligando-a à Popular Nova. A orientação do prefeito foi implantar drenagem e galerias antes de qualquer tipo de intervenção asfáltica, nos locais considerados problemáticos.
Galerias
Ao mesmo tempo, a prefeitura iniciou entendimentos em Brasília-DF, com a bancada federal de Mato Grosso do Sul e, também, com fontes governamentais, no sentido de viabilizar aprovação de outros projetos, inclusive os que possibilitassem implantação de galerias de águas pluviais. A primeira foi no Cristo Redentor, que está em fase de conclusão, cujas obras de infraestrutura são feitas em parceria com o governo federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A galeria do Cristo, segundo o secretário executivo de Infraestrutura e Serviços Urbanos, Ricardo Ametlla, será interligada à obra que a prefeitura está executando, por meio do PAC, na área central da cidade, iniciada na Rua Tenente Melquíades e que, hoje, está na Rua Geraldino Martins de Barros, antiga Oriental, após passar pela Colombo.
Trata-se de uma galeria celular com diâmetro de 2,5 por
Ametlla informou que a obra é uma das duas galerias troncos previstas no PAC. Esta será de extrema importância para acabar com a sobrecarga da galeria existente na Rua Antônio João e de outras regiões da cidade, como nos bairros Centro América, Maria Leite, Previsul e outros localizados nas imediações.
O projeto prevê ainda uma segunda galeria na Rua Luis Feitosa, passando pela Duque de Caxias até a Joaquim Wenceslau de Barros. Toda a água captada será conduzida através de um canal, à beira do trilho e interligado à galeria do Aeroporto Internacional. Uma terceira galeria tronco será implantada a partir da Rua José Fragelli, do trilho até a Popular Nova, beneficiando também as localidades do Jardim dos Estados, Aeroporto, entre outros bairros.
O secretário acrescentou que todos os recursos assegurados pelo Executivo Municipal para implantação das galerias garantem também a recuperação do pavimento asfáltico das ruas que estão sofrendo intervenções. Além disso, ele diz que toda a rede de drenagem executada ou mesmo em implantação (juntamente com as obras de pavimentação asfáltica) estará interligada a estas galerias. “São obras fundamentais para minimizarmos os problemas de inundações na cidade”, concluiu.
Antônio Carlos – Subsecretaria de Comunicação Institucional