No momento em que completa 90, o padre Ernesto Sassida enfatiza que não se esquece dos amigos conquistados em Corumbá, que contribuem para continuidade das inúmeras obras durante seu longo trabalho social. Preferindo não enumerar, ele diz ter muitos amigos que foram fundamentais para o engrandecimento da Cidade Dom Bosco, um “presente que Deus deu a Corumbá” e do qual não pode se desfazer, conclamando a continuidade do trabalho iniciado há 59 anos, quando chegou á cidade, para cumprir o que ele sempre afirma ser “um plano de Deus”.
No entanto, o padre demonstra preocupação com o futuro, com a possibilidade de desaparecimento da Cidade Dom Bosco. Ele alega que, caso isso ocorra, e não haja ninguém para dar continuidade ao trabalho, “quem vai sentir falta são os pobres”. “O tempo está passando, o bonde anda devagar, mas muito mais poderia ser feito com colaboração, entusiasmo, sem interesse próprio”, comenta. E é por isso que ele demonstra preocupação em deixar a “máquina” em condições de ser tocada por outro maquinista quando “Deus me chamar”.
“Amo Corumbá”, enfatiza padre Ernesto, continuando: “Amo o povo corumbaense, o pobre, a criança, preocupo-me com o futuro, com o mundo de violência, quando vejo uma criança no colo da mãe. O futuro é preocupante. O que vai ser. Isto depende de todos. Se a obra andar bem, não faço falta, sou o maquinista. Se o carro é bom, com qualquer um vai para frente. Por isso trabalho para deixar em condições para que quando outro assumir, tenha sequencia, sem falhas”.
Antônio Carlos – Subsecretaria de Comunicação Institucional