Exposição “Em Quatro Tempos” segue até dia 12 no Miguel Gómez

  Clóvis Neto
  

A mostra "Em Quatro Tempos" é um retrato da trajetória da artista plástica Marlene Mourão desde 1968 até os dias de hoje

Com a técnica bico de pena, ela retrata o pantaneiro, o sertanejo, o homem do campo que mais profundamente se relaciona com a natureza, em perfeita interação. Com a técnica aquarela, retrata o casario do porto de uma Corumbá distante e fugidia, porém vívida, como sorvete que derrete com o calor, bem como fauna e flora compondo um só “objeto pantaneiro”. E assim seguem o talento e a versatilidade de Marlene Terezinha Mourão, a Peninha, com trabalhos também em óleo, nanquim, guache e colagem.

Com a técnica bico de pena, ela retrata o pantaneiro, o sertanejo, o homem do campo que mais profundamente se relaciona com a natureza, em perfeita interação. Com a técnica aquarela, retrata o casario do porto de uma Corumbá distante e fugidia, porém vívida, como sorvete que derrete com o calor, bem como fauna e flora compondo um só "objeto pantaneiro". E assim seguem o talento e a versatilidade de Marlene Terezinha Mourão, a Peninha, com trabalhos também em óleo, nanquim, guache e colagem.

E foi com extrema simplicidade, contrastando com a riqueza de sua obra, que a artista plástica abriu a exposição "Em Quatro Tempos", na noite da última sexta-feira (27), no Centro de Convenções do Pantanal de Corumbá Miguel Gómez, aberta ao público até 12 de dezembro. Em suas poucas palavras durante a cerimônia de abertura, ela agradeceu a presença de todos, entre os quais "muitos amigos de longa data", lembrou que a exposição é uma pequena mostra de seu trabalho de 1968 até hoje e, arrancando risos da plateia, concluiu: "Agora é conferir e gostar".

Ao comentar brevemente os motivos de sua arte, Peninha contou que o trabalho começou de forma muito natural, simplesmente por amor à natureza e às "coisas da natureza". Lembrou que, entre os anos 1980 e 90, pintava Corumbá e o Pantanal para estampá-los em camisetas por meio da serigrafia: "Vendi muitas camisetas naquela época com minha arte estampada, como uma forma de divulgar e popularizar a natureza do Pantanal, e sempre deu muito certo".

Foram exatamente o talento, a versatilidade e a simplicidade da artista plástica, escritora e poetisa as qualidades destacadas pelas amigas e companheiras de trabalho na Administração Municipal. "O talento de Peninha, tanto para pintar quanto para escrever, já foi elogiado até mesmo pelo poeta Manoel de Barros. Embora ela tenha perdido a carta do poeta, eu cheguei a lê-la e sou testemunha disso", lembrou a superintendente de Cultura de Corumbá, Heloisa Helena da Costa Urt.

"Fui incumbida de expressar hoje a enorme e especial estima do prefeito (Ruiter Cunha de Oliveira) não só pela artista, mas também pela servidora pública, que tem sido uma assessora essencial para a Administração", afirmou a presidente da Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal, Ligia Baruki, que representou o chefe do Executivo na ocasião. "O prefeito nos contou que, inúmeras vezes, decisões importantes foram tomadas com base nas opiniões e até mesmo na obra literária de Peninha", completou.

Trabalho

Natural de Coxim e há 38 anos vivendo em Corumbá, Peninha é uma grande incentivadora da arte e da cultura locais. Faz parte da equipe da Prefeitura de Corumbá, desenvolvendo atividades na Fundação de Cultura do Pantanal. Reconhecida por seu traço bico de pena e pela divulgação da beleza do Pantanal em aquarelas, é autora da obra "São João em Corumbá", produzida em 2006 e que retrata uma das mais importantes manifestações da cultura local.

Além de artista e escritora, Peninha é também uma das articuladoras da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida no coração do Pantanal. Participou do Pacto pela Cidadania por meio do Movimento Viva Corumbá, da luta pelo Trem do Pantanal e atuou em defesa do Rio Paraguai, quando coordenou a Organização de Cidadania, Cultura e Ambiente (OCCA).

A mostra "Em Quatro Tempos", um relato da trajetória da artista desde 1968, quando iniciou a carreira, permanece aberta até 12 de dezembro e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8h às 12 horas e das 14h às 19 horas. A exposição tem apoio da Prefeitura de Corumbá, por meio da Superintendência de Cultura da Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal, ligada à Secretaria de Gestão Governamental.

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