Reservatórios de água localizados ao nível do solo em Corumbá continuam sendo os principais focos de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. É o que aponta o último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado na semana passada no Município, que apontou um índice de infestação predial de 1,5%, considerado de médio risco por parte do Ministério da Saúde.
O levantamento, realizado pelos agentes de endemias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Secretaria Executiva de Saúde Público, apontou que os principais focos estão concentrados nos setores dois (bairros Beira Rio, Cervejaria, Dom Bosco, Generoso, Arthur Marinho, Aeroporto, Tiradentes, Fátima, Nossa Senhora de Fátima e Popular Nova) e três (bairros Guató, Guanã, Kadiwéus, Nova Corumbá, Guarani, Jardim dos Estados, Jardinzinho, Popular Velha, Otacílio e São Vicente).
A gerente de Vigilância em Saúde da secretaria, Viviane Ametlla, informou que, no setor dois, o levantamento apontou uma incidência de infestação predial de 2,4%. Desse total, 37,5% estão reservatórios de água ao nível de solo; 25% em depósitos móveis (vasos, plantas, etc.); 25% em depósitos fixos (calhas, lajes e ralos sanitários), e 12,5% em lixos e outros resíduos sólidos. Já no setor três, o índice atingiu 2,1%. A incidência de infestação em reservatórios de água ao nível de solo chegou a 75%, contra 25% em depósitos móveis.
A gerente ressaltou que a alta incidência de infestação do mosquito nos reservatórios de água localizados ao nível de solo é preocupante. Ela explicou que medidas estão sendo adotadas e a mais viável continua sendo a cobertura das caixas d’água com capas (tipo tela), para evitar a entrada do mosquito. “Ainda temos telas estocadas que serão colocadas nos locais mais preocupantes”, comentou. Ao mesmo tempo, a prefeitura realiza processo licitatório para a compra de mais 10 mil unidades.
Com relação ao setor um, no centro da cidade, o índice de infestação predial ficou em 0,6%, tendo os depósitos fixos como principais criadouros. Já o setor quatro, formado pelos bairros Universitário, Maria Leite, Centro América, Cristo Redentor, Previsul e Cravo Vermelho, não registrou focos.
“Em relação ao quinto ciclo do ano, referente a setembro e outubro, tivemos uma leve queda na incidência de infestação. O LIRAa realizado em setembro apontou 1,54%, contra 1,5% agora no sexto ciclo. Mas isso não é motivo para comemorar. Temos que continuar atentos e trabalhando. A população também deve se prevenir, contribuir para que alcancemos índice zero de dengue, mantendo suas caixas d’água tampadas, além dos quintais limpos, livres de focos de procriação do Aedes aegypti”, disse Viviane.
Pelos levantamentos realizados em 2009, Corumbá iniciou o ano com 1,9% de infestação, conforme o LIRAa do primeiro ciclo (janeiro e fevereiro). No segundo ciclo (março e abril), ocorreu um aumento substancial, chegando a 5,5%, caindo para 3,2% no terceiro ciclo (maio e junho), e caindo novamente no quatro ciclo (julho e agosto) para 2,7%.
Viviane explica que o LIRAa é feito sempre no início de cada ciclo, sendo um método que demonstra a situação de infestação do mosquito transmissor da dengue no município, no prazo médio de uma semana, identificando os criadouros predominantes e possibilitando o direcionamento das ações de controle para as áreas mais críticas.
Antônio Carlos – Subsecretaria de Comunicação Institucional