Clóvis Neto |
Os cursos de capacitação estão sendo ministrados pelo Senac em quatro polos da cidade, em um total de 33 turmas |
Alunos do Projovem Trabalhador – Juventude Cidadã concluem em fevereiro de 2010 o primeiro ano do programa, que é desenvolvido em Corumbá por meio de parceria entre a Prefeitura Municipal e Governo Federal (Ministério do Trabalho e Emprego). A iniciativa atende 1 mil pessoas com idade entre 18 e 29 anos que, no final dessa etapa, terão oportunidade de inserção no mercado de trabalho. Os cursos de capacitação estão sendo ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) em quatro polos da cidade, em um total de 33 turmas, sendo 13 no Colégio Imaculada Conceição (Cenic), 13 na Escola Municipal Luis Feitosa Rodrigues, quatro no próprio Senac e três no Instituto Homem Pantaneiro – Moinho Cultural.
As aulas foram iniciadas em agosto deste ano. O gerente de Ações para a Juventude do Município, Márcio Cavasana, gestor do programa desenvolvido pela Subsecretaria de Ações para a Cidadania, vinculada à Secretaria de Promoção da Cidadania, explica que são seis meses de capacitação intensa, com o município se comprometendo a assegurar vagas no mercado de trabalho para 30% dos participantes.
“O programa cumpre uma das metas de governo do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira, que é a efetivação do primeiro emprego. Apesar de as regras definidas pelo Ministério preverem inserção de 30% no mercado de trabalho, o prefeito pretende ampliar essa meta. Por determinação dele, deveremos chegar a 50%”, destacou.
Os cursos em andamento são das áreas de Telemática (operador e assistente em microcomputador, revendedor de celular e em lojas de informática); Meio Ambiente (saúde e promoção da qualidade de vida, visitador sanitário, recepcionista de consultório médico, atendente de farmácia e agente ambiental); Turismo e Hospitalidade (auxiliar de garçom, guia de turismo e organizador de eventos); e Construção e Reparos (pintor, gesseiro, manutenção em edificações e ladrilheiro). Todas as áreas foram criteriosamente estudadas e pesquisadas de acordo com o mercado de trabalho em Corumbá.
Até fevereiro, conforme Márcio Cavasana, os mil integrantes do programa terão cumprido um total de 350 horas/aula, sendo 250 horas de qualificação profissional e 100 horas de qualificação social. Cada inscrito está recebendo uma ajuda de custo de R$ 100,00 por mês, durante todo o curso, com a condição de ter participado de 75% das aulas. A terceira parcela já foi liberada.
Inclusão Digital
Além dos cursos de capacitação, todos os 1 mil integrantes do programa estão participando também de qualificação social. São oferecidas aulas nas áreas de valores humanos, ética e cidadania, educação ambiental, higiene pessoal, promoção de qualidade de vida, noções de direito trabalhista, formação de cooperativas, prevenção de acidentes de trabalho, estímulo e apoio à elevação da escolaridade e inclusão digital.
As aulas de inclusão digital estão sendo ministradas no Senac, que possui dois laboratórios, responsáveis pela capacitação diária de seis turmas, cada uma com 30 alunos. A coordenadora pedagógica da instituição, Jane Contu, explica que o curso também vai até fevereiro e cada aluno cumprirá carga de 40 horas/aula.
Na opinião de Jane, esta etapa é fundamental para os alunos, considerando que muitos sequer tinham tido contato com computador anteriormente. “Eles estão tendo a oportunidade de aprender o básico sobre informática”, diz, lembrando que as aulas são ministradas por cinco professores, com um computador para cada aluno.
Benedito Silva Neto, 24 anos, que optou pelo curso de capacitação em Construção e Reparos, revelou que o curso de inclusão digital foi novidade para ele. “Não tinha nenhuma noção de informática. Já aprendi bastante e estou navegando na internet”, confessa, lembrando que optou pela área pelo fato de que, antes, já trabalhava como ajudante de pedreiro.
Para Júlia Gabriela dos Santos Alves, 23 anos, o curso será importante para a sua futura profissão. Ela também faz Construção e Reparos e diz que, por meio da informática, terá condições de “idealizar projetos com a ajuda do computador”. Ela confessa também que não tinha qualquer noção sobre informática. “Quero aprender mais, pois isto será de grande valia para a minha profissão. Depois do Projovem Trabalhador, as portas vão se abrir”, acredita.
Antônio Carlos – Subsecretaria de Comunicação Institucional