Saúde registra baixa notificação de dengue, mas mantém alerta

  Clóvis Neto
  

Conforme Lamartine, todos os proprietários de terrenos baldios estão sendo notificados para realizar a limpeza dos terrenos

Nas duas primeiras semanas epidemiológicas de 2010, Corumbá registrou 15 casos notificados de dengue. Os números foram divulgados no início da tarde desta quarta-feira (13) pela médica veterinária Viviane Ametlla, gerente de Vigilância em Saúde do Município. Apesar do número baixo, ela demonstra preocupação, reforçando a necessidade de a população estar cada vez mais engajada no trabalho de eliminação de possíveis focos do mosquito Aedes aegypti, para se evitar uma epidemia na cidade, como já está ocorrendo em outros municípios do Estado, como Campo Grande.

“Nós temos um controle semanal de notificações da dengue. Na primeira semana epidemiológica de 2010, foram notificados 10 casos. Na segunda, mais cinco. Não estamos com nenhum caso confirmado”, observou Viviane, completando: “Apesar de o número estar baixo, a situação é preocupante, mesmo porque o último LIRAa (Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti) acusou índice de infestação predial de 3,1%”. O índice aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de até 1%.

A gerente explicou que a grande preocupação está relacionada às chuvas. “Estamos trabalhando continuamente para evitar uma nova epidemia. Porém, a situação atual preocupa muito, pois as chuvas estão intensas, dificultando a operacionalização das ações de campo”, enfatizou.

Na manhã de hoje, mesmo com chuva, equipes da Prefeitura Municipal auxiliadas por militares do Exército e da Marinha do Brasil, bem como da empresa Unipav (limpeza pública), deram sequência ao mutirão da limpeza no bairro Universitário. Além da limpeza de terrenos, foram realizados serviços em imóveis fechados, na tentativa de se eliminar focos de criadouros do mosquito.

O secretário de Ações Sociais, Lamartine de Figueiredo Costa, acompanhou os trabalhos e informou que todos os proprietários de terrenos baldios estão sendo notificados para realizar a limpeza dos terrenos. “Eles têm um prazo e se não cumprirem, a prefeitura fará a limpeza, cobrando pelo serviço e aplicando as sanções cabíveis”, comentou.

No próprio bairro Universitário, um proprietário de foi notificado para providenciar a limpeza de seu imóvel (casa fechada), onde foram encontrados focos da dengue. Ele mesmo conversou com a chefe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Grace Bastos, adiantando que a limpeza será providenciada, eliminando os focos da doença.

Um levantamento da prefeitura apontou a existência de 2.785 terrenos baldios na cidade. Desse total, 60% encontram-se em situação crítica e são focos em potencial da doença. Lamartine salientou que não são apenas os terrenos os alvos das equipes que integram a mega-ação. Imóveis fechados e abandonados também estão sendo visitados, assim como os habitados, cujos proprietários estão sendo orientados a fazer a limpeza, eliminando os focos da dengue.

Antônio Carlos – Subsecretaria de Comunicação Institucional

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