Clóvis Neto |
“Cerca de 90% dos casos de dengue são da forma mais simples, nos quais os sintomas duram cerca de sete dias”, lembrou Rivaldo |
A Prefeitura de Corumbá, por meio da Secretaria Executiva de Saúde Pública, realizou na segunda-feira (15) uma capacitação voltada aos médicos do Pronto Atendimento do Hospital de Corumbá. Por quase duas horas, os profissionais de saúde debateram os principais sintomas, diagnósticos e tratamento da forma mais grave da dengue. Um dos participantes do evento foi o infectologista Rivaldo Venâncio da Cunha, uma das maiores autoridade brasileiras no assunto, doutor
O secretário executivo de Saúde, Lauther da Silva Serra, e o gerente de Atenção em Saúde, Emerson Ferreira Moreira, também estiveram na capacitação. “Esta é uma forma de mantermos a equipe médica atualizada sobre todos os pontos desta endemia”, explicou Lauther, completando: “Para isso, ninguém melhor que o doutor Rivaldo, um dos principais especialistas do País no assunto e que tem sido um importante parceiro de Corumbá”.
Segundo o infectologista, a Organização Mundial de Saúde (OMS) não utiliza mais o termo dengue hemorrágica para a forma mais letal da doença. O diagnóstico atualmente é determinado como dengue simplesmente, dengue com sinais de alarme, e dengue grave. “Cerca de 90% dos casos são da forma mais simples, nos quais os sintomas duram aproximadamente sete dias”, lembrou. Venâncio enfatizou ainda que as pessoas que sofrem de hipertensão arterial, diabetes e outras doenças auto-imunes podem agravar os casos de dengue.
“Também é muito importante que o paciente identifique com certeza o dia em que começou a sentir febre. Isso facilita o tratamento”, continuou o médico. Dores abdominais e sangramento de mucosa também devem ser relatados durante a consulta. “A presença destes sintomas é motivo para que a pessoa fique um pouco mais em observação”, alertou.
De acordo com boletim divulgado pela Secretaria Executiva de Saúde Pública, atualizado em 12 de março, Corumbá está com 673 notificações da doença e 121 casos confirmados, sendo três importados de outras regiões. O centro da cidade continua encabeçando a lista, com 125 notificações. Já o bairro Universitário, outra região preocupante, até o dia 12, estava com 96 notificações. A região central é a que tem mais casos confirmados: 35 contra 30. Outras regiões preocupantes são os bairros Maria Leite, com 93 notificações e 16 casos confirmados, e o Centro América, com 43 notificações e 11 confirmações. O boletim refere-se às 10 primeiras semanas epidemiológicas do ano.
Rodrigo Nascimento – Subsecretaria de Comunicação Institucional