LIRAa aponta reservatórios como principais focos da dengue

Reservatórios de água localizados ao nível solo continuam sendo os principais responsáveis pela proliferação do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, em Corumbá. Foi o que apontou o último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado na semana passada na área urbana do município, que apontou um índice de infestação predial de 3,1%, acima do aceitável pelo Ministério da Saúde, que é de até 1%. O resultado está fazendo com que a Prefeitura Municipal a intensificar as ações, juntamente com parceiros, para combater a doença e impedir o aumento do número de casos.

O trabalho é conduzido pelas Secretarias Executivas de Saúde Pública e de Infraestrutura e Serviços Públicos, e o primeiro passo será a entrega de capas para os reservatórios, bem como a limpeza de terrenos. Além disso, já esta marcada uma reunião com as enfermeiras que atuam nas Estratégias de Saúde da Família (ESF), para estabelecer ações estratégicas de combate à dengue, principalmente nas áreas com maior incidência, conforme resultado apontado pelo LIRAa.

Conforme o levantamento, a região 1 – integrada pelos bairros Arthur Marinho, Cervejaria, Dom Bosco, Generoso e centro (setor um) – apontou índice de 0,9% de infestação predial; na região 2 – Borrowiski, centro (setor dois), Beira Rio, Previsul, Universitário , Industrial e Maria Leite, o índice foi de 2,9%; na região 3 – Centro América, Cristo Redentor, Nossa Senhora de Fátima, Popular Velha e Guatós – 4,4%; e a região 4 – Aeroporto, Guarani, Jardim dos Estados, Nova Corumbá e Popular Nova – apontou 4,1% de incidência.

A gerente de Vigilância em Saúde da Prefeitura, Viviane Ametlla explicou que o levantamento apontou redução do índice de proliferação nas regiões 1 e 2, e que isto se deve à intensificação das ações nas duas áreas que, em janeiro, eram consideradas críticas. Conforme ela, os trabalhos continuam intensos e a meta é reduzir ainda mais, principalmente na região 2.

A gerente confirma também o aumento dos índices na parte alta da cidade, regiões 3 e 4 que, até janeiro, estavam com baixa incidência. “Vamos intensificar as ações nestas áreas e a meta é reduzir, seguindo exemplo do que ocorreu em outras áreas, principalmente no Arthur Marinho, Cervejaria, Dom Bosco, Generoso e parte do centro”, comentou.

Viviane lembra que o último LIRAa permitiu diagnosticar os principais criadouros do mosquito e, mais uma vez, o grande vilão continuam sendo reservatórios localizados ao nível de solo. Na região 1, eles foram responsáveis por 33,3% dos focos encontrados. Na região 2, por 42,7%. Já nas regiões 3 e 4, os reservatórios foram responsáveis por 93,3% dos focos da doença. Por isso mesmo, a necessidade de nova ação, visando à cobertura desses locais.

Casos da doença

A Secretaria Executiva de Saúde Pública divulgou também o último levantamento de casos suspeitos e confirmados da doença, atualizado nesta segunda-feira (30). Nas 12 primeiras semanas epidemiológicas do ano e parte da 13ª, foram notificados 1.011 casos, com 195 confirmados. O Universitário e centro da cidade estão com 42 casos positivos cada, enquanto o Maria Leite aparece com 34, Centro América com 18 e Cristo Redentor com 15.

Antônio Carlos – Subsecretaria de Comunicação Institucional

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