Prefeitura disponibiliza teste da orelhinha para recém nascidos

Gilson de Carvalho
 

O aparelho chegou nesta quarta-feira (5) e foi repassado pelo secretário Lauther à fonoaudióloga responsável pelo programa

Em Corumbá, crianças recém nascidas serão submetidas ao teste da orelhinha, método utilizado para identificação de perdas auditivas. O aparelho chamado Bio Logic Audix, adquirido pela Prefeitura Municipal, será responsável pela realização dos exames na maternidade local, via Sistema Único de Saúde (SUS). O programa coordenado pela Secretaria Executiva de Saúde Pública, com apoio da Secretaria Especial de Integração das Políticas Sociais.

O aparelho chegou à cidade na manhã desta quarta-feira (5) e foi repassado pelo secretário executivo de Saúde Pública, Lauther Serra, à fonoaudióloga Sônia Sabatel, responsável técnica pelo programa. “A aquisição do aparelho é um grande avanço pois com ele teremos condições de detectar problemas auditivos na criança recém nascida, permitindo o seu desenvolvimento completo”, observou Lauther, lembrando que a implantação do programa teve apoio da secretária de Integração das Políticas Sociais, Beatriz Cavassa de Oliveira.

O gerente de Atenção em Saúde da prefeitura, médico Emerson Ferreira Moreira, informou que até o momento o teste é realizado somente em clínicas particulares. “A Rede Pública não dispunha de um equipamento como este, cuja compra começou a ser viabilizada pela prefeitura quando iniciamos a implantação do programa com a fonoaudióloga Mariana Lins. O aparelho vai garantir a realização do teste da orelhinha para todos os recém nascidos, como ocorre hoje com o teste do pezinho”, observou.

Conforme Sônia, estatísticas indicam que a surdez está em primeiro lugar entre as deficiências apresentadas pela população. Em bebês normais, a surdez varia de 1 a 3 crianças para cada 1 mil recém nascidos. Já em bebês de UTI Neonatal, varia de 2 a 6 em cada 1 mil. A descoberta, de acordo com a fonoaudióloga, ocorre geralmente por terceiros, muitas vezes até por professores nas creches e escolas, justamente pelo fato de as crianças encontrarem dificuldades no aprendizado.

“É normal a mãe não perceber que seu filho está com problema auditivo. Ou é o professor ou mesmo um parente próximo que percebe, justamente pela dificuldade que a criança tem no aprendizado e até mesmo para falar. Este aparelho será de extrema importância para detectarmos o problema precocemente e iniciarmos o tratamento”, explicou Sônia.

A fonoaudióloga explica ainda que o exame é realizado por meio de equipamento especializado, como o que foi adquirido pela prefeitura, no próprio berçário e durante o sono natural da criança. A duração é de aproximadamente cinco minutos, sem qualquer contra-indicação, incômodo ou mesmo o despertar do bebê. Consiste na colocação de um fone na orelha do bebê acoplado a um computador, que emite sons de fraca intensidade e recolhe as respostas que a orelha interna produz.

O exame logo ao nascer é imprescindível para todos os bebês, principalmente para aqueles que nascem com algum tipo de problema auditivo. Estudos indicam que um bebê que tenha um diagnóstico e intervenção fonoaudiológica até o sexto mês pode desenvolver linguagem muito próxima a de uma criança ouvinte.

O grande problema é que a maioria dos diagnósticos de perda auditiva em crianças acontece muito tardiamente, com três ou quatro anos, quando o prejuízo no desenvolvimento emocional, cognitivo, social e de linguagem da criança já é grande. A audição é um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança.

Antônio Carlos – Subsecretaria de Comunicação Institucional

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