Oficina de Dança apresenta “Siriri” e “Meu MS” no 11º FestFolk

 Marcos Boaventura
  

 Apresentações encerraram a Caravana Brasil, realizada em Corumbá no mês passado

Selecionada entre grupos de todo o país para participar do 11º Festival Nacional de Danças Folclóricas de Blumenau (FestFolk 2010), a Oficina de Dança do Pantanal fará duas apresentações mostrando pastes importantes da cultura e da história do pantanal sul-mato-grossense. Uma delas, o “Siriri”, é considerado na região Centro-Oeste como a verdadeira “quadrilha pantaneira”. O nome pode estar relacionado com o termo siriricar, usado por pescadores da região, que significa dar um puxão no anzol.

A música fala das coisas da vida de forma simples e alegre, e como instrumentos musicais, acompanham a viola-de-cocho, o reco-reco e o mocho ou tamboril. O siriri, bem como o cururu, tem presença obrigatória nas festas de santos de devoção. A dança é tradicionalmente realizada na noite do dia 23 de junho, véspera do dia de São João.

Já o “Meu Mato Grosso do Sul” é uma dança criada para exaltar as belezas do Estado. Composta somente por dançarinas, as quais trajam vestidos pintados à mão, peças produzidas exclusivamente para esta finalidade, que mostram um pouco das belezas da região do Pantanal Sul, a fauna, flora, pontos turísticos de Corumbá, traços culturais da região como o tereré, a viola-de-cocho, a pecuária.

A coreografia se inicia com o som de apito de trem, como alusão ao famoso Trem do Pantanal, exatamente o mesmo nome da música que a inicia “Trem do Pantanal”. Homenagem à eterna violeira Helena Meirelles, a música “Samba do Zé” é a música escolhida para representar a ligação íntima do sul-mato-grossense com a viola. A terceira música do pout-pourri é “Moça Pantaneira” (do Grupo Pantanal) cuja qual representa a própria beleza da mulher forte existente neste recanto do Brasil.

A coreografia segue com “Pajaro campana”, pois a polca paraguaia faz parte do cotidiano dessa parte do Mato Grosso do Sul, que acolheu muitos paraguaios, não só pela proximidade dos dois países, mas também pela influencia histórica da Guerra do Paraguai, ocorrida no final do séc. XIX. “Meu Mato Grosso do Sul” (de Carlos Fábio e Pacito) finda a apresentação falando um pouco sobre o estado e suas riquezas.

O Festival Nacional de Danças Folclóricas de Blumenau acontece de 8 a 11 de julho e é organizado pela Fundação Cultural daquele município. Além de apresentar ao público a diversidade da cultura brasileira, a edição deste ano contará também com palestras, debates e oficinas. Para os grupos participantes do festival, este é um momento único, pois além das apresentações levadas ao público, eles terão a oportunidade de fortalecer a troca de saberes e experiências com a diversidade cultural que integram o Brasil.  Participam do FestFolk 30 grupos folclóricos e para-folclóricos que, durante os quatro dias de evento, apresentarão a riqueza da cultura  brasileira, o dinamismo das coreografias e o colorido dos trajes típicos.

Rodrigo Nascimento – Subsecretaria de Comunicação Institucional

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