Durante este feriado prolongado que se estende até a terça-feira (12), moradores e visitantes podem aproveitar inúmeros pontos turísticos e atrações culturais disponíveis em Corumbá. Uma infinidade de atrativos está à disposição de quem pretende descansar, divertir-se e informar-se, começando pelo Rio Paraguai, principal caminho das águas do Pantanal, alimentado por diversos outros rios e corixos pantaneiros, cruzando o bioma de norte a sul. Por ser navegável em quase toda a sua extensão, o rio proporciona passeios de barco e turismo de pesca, além de oferecer imagens de um cenário cinematográfico, enriquecido pela rica fauna e flora pantaneira.
Os atrativos, no entanto, não se resumem ao Rio Paraguai e ao Pantanal. Na região urbana, Corumbá oferece diversas opções ao turista, entre elas, a Casa das Artes Izulina Xavier, com suas inúmeras peças artesanais confeccionados em pó de pedra e concreto, cerâmica e entalhes de madeira; a Igreja Nossa Senhora da Candelária, inaugurada em 1877, localizada em frente a Praça da República, e que tem em seu altar um brasão da Coroa Portuguesa; o Santuário Maria Auxiliadora, com a escultura de Cristo em tamanho natural, de madeira de lei feita na década de 50 pelo artista plástico Burgos, que viveu em Corumbá e deixou inúmeras obras de madeira e gesso.
Outro atrativo é a Casa do Artesão, antiga cadeia pública, de 1905 até os anos 70. Hoje, suas celas com gradis da época, abrigam a produção dos artesões pantaneiros. São peças de couro, escama e couro de peixe, madeira, cerâmica, tecelagem de salsaparilha e trabalhos em miniatura, bordado, crochê. Artesanato dos índios Terena, Kadiwéus e Guató. Há também deliciosos licores caseiros e a farinha da bocaiúva. A casa foi fundada em 1975. Não há registros da construção do prédio, apenas de sua primeira restauração, em 1893.
Quem visita a cidade não pode deixar de conhecer a Praça da República, local que foi cenário da batalha final da retomada de Corumbá em 1867, e que tem um obelisco feito em mármore em homenagem aos heróis da Guerra do Paraguai; o Instituto Luiz de Albuquerque, espaço que abriga museu, biblioteca, sala de exposição, salão nobre para lançamento de livros, sala de poetas, oficina de teatro, oficina de artes plásticas, oficina de música e oficina circense.
A Ladeira Cunha e Cruz também chama atenção. Conhecida também como "Ladeira da Candelária", é um dos principais acessos ao Porto Geral e ao rio Paraguai. Seu nome é uma homenagem a um capitão da tropa brasileira que derrotou os paraguaios na batalha de 13 de Junho de 1867.
Outro local importante é a Praça da Independência, inaugurada em 1917, que compartilha seu estilo arquitetônico com apenas três outras praças (duas no Brasil e uma na Alemanha). Possui um coreto em forma octogonal importado da Alemanha, de onde veio, também, o mosaico do calçamento da parte externa. Possui quatro esculturas em mármore, representando as quatro estações do ano, esculpidas na Itália em Pizza, doadas por um conde italiano que veio caçar no Pantanal. Os corumbaenses reverenciam na praça, os heróis da Guerra do Paraguai e da 2ª Guerra Mundial.
A arquitetura corumbaense é expressiva. O Casario do Porto, tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional em 1992, que ainda guarda vestígios de um período de grande prosperidade, é um dos exemplos. Fica às margens do rio Paraguai, junto ao Porto Geral que, em 1814 era o 3º maior porto fluvial da América Latina. Desembarcavam aqui navios com mercadorias para compra e venda da Europa para o Brasil.
Os prédios abrigavam grandes empórios, 25 agências bancárias internacionais, curtumes e a primeira fábrica de gelo do Brasil. Um dos destaques é o Centro de Convenções Miguel Gómez construído pela administração do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT), às margens do Paraguai, local ocupado antigamente pela extinta Portobras.
O casario conta também com o prédio Wanderley & Baís, construído em 1876 é um dos mais belos do porto, hoje, abriga o (MUHPAN) Museu de História do Pantanal; outro casarão de igual valor arquitetônico é a casa Vasquez & Filhos, um empório construído em 1909 pelo arquiteto italiano Martino Santa Lucci.
O Beco da Candelária já ganhou um novo e belo visual e, com a conclusão dos serviços, vai completar a urbanização do Porto Geral de Corumbá, às margens do Rio Paraguai. O local já recebeu inúmeras melhorias por meio do Programa Monumenta, do Governo Federal, com contrapartida da Prefeitura Municipal. Os trabalhos estão na fase final, com a implantação de uma praça e mirante às margens do rio, próximo ao bairro Beira Rio.
Outros atrativos são o morro do Cruzeiro, com a imagens de Cristo Rei do Pantanal, além das 14 Estações que compõem a Via Sacra. A Estação Natureza Pantanal e as Araras do Aeroporto, são outras opções para o turista.
O Forte Junqueira, construído em 1871 logo após a Guerra do Paraguai, localizado em uma área privilegiada com vista para o Pantanal. Os doze canhões fabricados na Inglaterra nunca foram usados. As paredes são de calcário e tem meio metro de espessura. O Forte, que está situado hoje dentro do Quartel do 17º Batalhão de Caçadores, tem esse nome em homenagem a José Oliveira Junqueira, Ministro da Guerra na época de sua construção.
Fora da área urbana, há o Forte Coimbra, localizado à beira do rio Paraguai, aproximadamente a 200 km de Corumbá, construído em 1775 para defender o território brasileiro contra as invasões espanholas. Foi cenário também de batalhas na época da Guerra do Paraguai. Possui uma gruta chamada Ricardo Franco.
O Forte é uma boa opção de passeio, a exemplo da Estrada Parque, que corta o pantanal corumbaense, e que proporciona momentos de rara beleza, oportunidade de ver, fotografar e filmar animais e aves pantaneiras.