Alunos da 6ª série da Escola Municipal Cyríaco Felix de Toledo realizaram nesta sexta-feira (12) uma atividade diferente, longe da sala a aula, alusiva ao Dia do Rio Paraguai, comemorado no próximo domingo (14). Acompanhados pela bióloga Fátima Seher, da Secretaria Executiva de Meio Ambiente, os estudantes caminharam pela orla portuária e receberam, in loco, lições de ecologia, conservação e preservação do meio ambiente.
"Agora eles vão produzir desenhos ou gravuras sobre o tema e apresentar em sala de aula. O melhor trabalho será premiado com um telefone celular", explicou Fátima. A visita começou pelo Ecoparque Cacimba da Saúde, local desconhecido por grande parte dos adolescentes. Lá eles aprenderam sobre a taboa, planta aquática que não é natural desta região do Pantanal.
"Esta planta não é natural aqui. Por isso está tomando o lugar da vitória-régia", disse Ruth Rojas, 11 anos, moradora do Centro. Atenta às explicações, ela falou ainda sobre uma das soluções encontradas pelo Município para controlar a incidência desta vegetação na beira do Rio Paraguai. "Conhecemos o projeto Fibras. Os moradores daqui fazem artesanatos com este material e conseguem gerar renda", continuou.
A visita terminou na ponte de captação de água. Neste ponto, o que mais chamou a atenção dos jovens foi a quantidade de lixo jogado indevidamente nas encostas. "Somos o futuro e não podemos deixar a poluição tomar conta do rio porque nós ainda vamos depender dele para viver", comentou Jéssica Freitas, também com 11 anos, residente no bairro Dom Bosco.
"Nós dependemos da natureza, mas a estamos estragando. Todos deveriam colaborar e não jogar chinelos, papel e garrafas de refrigerante no rio. Até porque somos nós mesmos que usamos esta água para tudo", acrescentou a estudante. O dia 14 de novembro foi definido como Dia do Rio Paraguai pela própria população, durante o Seminário Sobre a Hidrovia Paraguai-Paraná, realizado fevereiro de 2001.