Presente no credenciamento das 10 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Corumbá na Rede Amamenta Brasil, a coordenadora nacional de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, Elsa Regina Justo Giugliane, afirmou que o ato, o primeiro do Brasil, é uma conquista de todo o País. "Hoje estamos vivenciando um momento histórico. São as primeiras unidades básicas de saúde deste País a se credenciar na Rede Amamenta, uma corrente de proteção e apoio ao aleitamento materno que veio para ficar", comentou.
Desde a implantação da rede em âmbito nacional, há dois anos, a iniciativa tem se fortalecido em todas as regiões e, inclusive, nos países vizinhos. "Sem duvida, o que está acontecendo aqui é um ato simbólico que, acima de tudo, vai fazer parte da história da Saúde Pública brasileira", disse Elsa Regina, que na ocasião representou o ministro José Gomes Temporão. Para fazer parte da Rede Amamenta, a UBS tem que monitorar os índices de aleitamento materno em sua área de abrangência, acompanhando a amamentação e investindo em ações de promoção e incentivo à prática.
"O que nós recomendamos é que as Unidades Básicas de Saúde continuem cumprindo esses critérios e, as que não se credenciaram, mas ainda estão em processo, façam-no o mais rápido possível. Acredito que, muito em breve, teremos todas as unidades da cidade credenciadas na rede", continuou a coordenadora, acrescentando: "O maior ganho em promover o aleitamento materno não é gastar e nem economizar. É investir em saúde, qualidade de vida e na saúde mental, principalmente da dupla mãe e bebe".
A responsável nacional pela área de Saúde da Criança e Aleitamento Materno lembrou também que há evidencias científicas mostrando que a criança amamentada é beneficiada a curto, médio e longo prazos. "No momento em que ela é amamentada, seja durante seis meses, um ou dois anos, o bebê está recebendo a proteção durante este período e pelo resto da vida. Sabemos que algumas doenças crônicas, como hipertensão, obesidade e diabetes podem estar relacionadas à alimentação da criança desde muito cedo com alimentos que são da espécie humana e, por isso, o leite materno deve ser exclusivo nos primeiros seis meses de vida", explicou.
Além de trabalhar a Rede Amamenta Brasil em todo País, O Ministério da Saúde está formando tutores na Argentina, Paraguai, Peru e Colômbia. "No Paraguai, por exemplo, existe o projeto de implementar a rede como política pública nos moldes do Amamenta Brasil", concluiu Elsa Regina.