Crianças e adolescentes em tratamento no programa Habilitar – iniciativa mantida pela Prefeitura de Corumbá que trabalha para a reabilitação de dependentes químicos com menos de 18 anos – participaram na manhã desta sexta-feira (17) de uma confraternização. Apesar da temática festiva, antecipando as celebrações natalinas, o encontro também teve o objetivo de proporcionar momentos de união e descontração para os jovens que busca largar o vício das drogas e bebidas alcoólicas.
Com almoço especial, visitas e entrega de presentes, os internos começam a vivenciar uma nova rotina, mais familiar. "O objetivo do evento foi fortalecer vínculos com a instituição, um elo de confiança que auxilia no tratamento. Agora, eles podem ter um Natal diferenciado com todas as prerrogativas legais previstas em lei", pontuou o coordenador administrativo do programa, Luciano Cruz Souza. Apesar dos eventos festivos, como o Natal e Reveillon, o expediente no programa permanece contínuo. "Não podemos parar o tratamento, pois podem acontecer recaídas. Vários agenciadores podem comprometer todo o trabalho que já foi realizado com estes jovens", observou.
"É importante ressaltar a persistência destes jovens, que estão batalhando para ter um futuro diferente", disse a presidente da Junta Interventora do Hospital de Caridade de Corumbá, Lamartine de Figueiredo Costa e idealizador do Habilitar, acrescentando: "O prefeito Ruiter (Cunha de Oliveira – PT) está acompanhando todo o progresso destes jovens, que buscam a ressocialização". Além da equipe técnica e clínica do programa, que é coordenado pela Secretaria Municipal de Ações Sociais, estava presente também o juiz da 1ª Vara Criminal de Corumbá, Anderson Royer.
Com formato pioneiro no Centro-Oeste brasileiro, o Habilitar proporciona mais uma chance de reinserção de jovens com dependência química à sociedade. Por meio de um trabalho envolvendo principalmente os familiares e o meio onde vivem, as equipes buscam mostrar um outro lado da vida aos adolescentes, longe das drogas. A estruturação do prédio foi viabilizada com recursos próprios da Prefeitura, do Fundo Municipal de Investimento Social (FMIS) e do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.