A partir do dia 1º de fevereiro, a pesca esportiva estará liberada na calha do Rio Paraguai, na modalidade pesque e solte. A prática vigora na região pantaneira desde 2004, sob regras específicas, entre as quais a necessidade de licença de pesca e a limitação da prática em linha de mão, caniço, molinete, carretilha, anzol e iscas vivas ou artificiais.
Em Corumbá, as empresas de turismo que atuam no setor de pesca já anunciam pacotes para este início de temporada visando a grupos adeptos à prática de outros estados do Brasil. A informação é da presidente da Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo (ACERT), Joice Carla Santana Marques. Recentemente, ela se reuniu com a presidente da Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal, Heloisa Helena da Costa Urt, e com o superintendente de Turismo do Município, Rodolfo Assef Vieira, quando o assunto foi amplamente debatido.
Conforme Joice, a modalidade pesque e solte está ganhando força na região e a expectativa é por um número de pescadores esportivos bem maior do que nos anos anteriores. No encontro com os gestores municipais, ela demonstrou otimismo com a possibilidade de a prática se tornar mais abrangente e não vigorar apenas em fevereiro. Neste sentido, ela observou que já há empresas realizando promoções, dando descontos de 10% para quem "pescar e não levar o peixe", tudo para motivar o pesque e solte. Ela também defende a restrição ao transporte intermunicipal de pescado, conforme prevê uma lei municipal proposta pelo Poder Executivo local.
"Existem 23 empresas do setor (barcos-hotéis) na cidade. Destas, 15 são a favor do ‘pesque, não leve'. Nós mesmos já conversamos com o prefeito (Ruiter Cunha de Oliveira – PT) sobre o assunto, para evitar que o peixe seja transportado para fora do município", observou a presidente da ACERT. Conforme ela, a entidade planeja capacitar os piloteiros para a prática correta do pesque e solte. "Existe uma técnica própria que eles precisam conhecer e dominar, sobretudo no que diz respeito à conservação de algumas espécies, a exemplo do que já ocorre em Cáceres, no Mato Grosso, onde a pesca do dourado é expressamente proibida", comentou.