Caso o proprietário suspeite que seu animal de estimação esteja doente, pode entrar em contato com o CCZ pelo telefone 3233-2783. Uma equipe irá até o local coletar sangue do cão para exame da leishmaniose. Se confirmada a doença, o animal é recolhido para preservar a saúde dos moradores. A solicitação é atendida em, no máximo, 72 horas.
Em 2010, a Secretaria de Saúde Pública de Corumbá registrou sete casos de leishmaniose em humanos, sendo dois deles importados da Bolívia. "Neste ano, já temos duas pessoas fazendo tratamento da doença, uma delas moradora do país vizinho", detalhou a coordenadora geral de Vigilância em Saúde, médica veterinária Viviane Ametlla.
A leishmaniose é uma doença crônica, de manifestação cutânea ou visceral, transmitida aos cães e ao homem pela picada do mosquito flebotomíneo, popularmente chamado de mosquito palha. Como ele se reproduz em locais sujos, onde há decomposição de lixo orgânico, como folhas, plantas e restos de frutas, é importante que os quintais e terrenos das residências sejam mantidos limpos.
De acordo com bióloga do CCZ, Grace Bastos, os proprietários que tiverem os bichos capturados e quiserem recuperá-los terão, no máximo, três dias úteis para fazê-lo. Eles devem procurar o Centro de Zoonoses, localizado na Rua João Couto, s/nº, bairro Guanã, próximo à Escola Municipal Clio Proença, munidos da carteira de vacinação anti-rábica do animal, além do documento de identidade do responsável e um comprovante de residência. Eles ainda devem assinar um Termo de Posse Responsável.
Outras ações
O Centro de Controle de Zoonoses de Corumbá também mantém o trabalho de controle de roedores, caramujos, pombos e morcegos. A atuação é realizada conforme a solicitação dos agentes de endemias, que visitam todas as residências da cidade constantemente. "Também nestes casos, a higiene das casas e terrenos é fator determinante para ocorrência destes animais", explicou Greice, completando: "por isso a limpeza é fundamental para o controle das endemias".