Prefeitura depende da Sanesul para tirar famílias das áreas de risco

A Prefeitura de Corumbá está aguardando a Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) concluir as ligações domiciliares de água e esgoto no conjunto habitacional Ana de Fátima Brites Moreira, o PAC-Casa Nova, para reassentar famílias residentes em áreas de risco nas encostas dos bairros Cervejaria, Generoso e Beira Rio. A informação é do secretário de Infraestrutura, Habitação e Serviços Urbanos, Ricardo Campos Ametlla, que, desde a terça-feira à tarde (8), está acompanhando o desmoronamento ocorrido no bairro da Cervejaria, que vitimou uma pessoa.

"Estamos reforçando o pedido e tão logo os serviços estejam concluídos, providenciaremos o reassentamento das famílias que residem nas áreas de risco", afirmou Ametlla. Conforme ele, a orientação do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) é retirar estas famílias das encostas, reassentando-as em um imóvel com toda infraestrutura necessária do novo conjunto habitacional, para evitar novas tragédias.

O secretário lembra que, em outubro do ano passado, a Prefeitura encaminhou solicitação à Sanesul para implantar ligações domiciliares de água e esgoto em 739 unidades habitacionais do novo conjunto. Dessas, 272 já foram atendidas e inauguradas pelo Município em dezembro daquele ano. "Outras 467 casas já estão concluídas, restando somente água e esgoto para que possamos atender as famílias que residem nas encostas dos bairros Cervejaria, Generoso e Beira Rio, em situação de risco", explicou.

O novo conjunto conta com 800 unidades habitacionais e faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC – Casa Nova), executado pela Prefeitura em parceria com o Governo Federal. Ametllla observa que 509 moradias estão destinadas às famílias que moram nas encostas nos bairros Cervejaria, Generoso e Beira Rio, bem como nos morros do Cruzeiro I e II, Formiga e Bandeira, além da região do Tiradentes, Alameda Vulcano e no Hawai.

Nos bairros da região ribeirinha, às margens do Rio Paraguai, a Prefeitura cadastrou um total de 806 famílias morando em áreas de risco. No entanto, conforme a assistente social Luciane Andreatta de Castro, responsável técnica social do PAC no Município, somente 276 concordaram com a remoção e estão no cronograma de reassentamento no PAC-Casa Nova. A equipe social do PAC constatou que algumas dessas famílias já se mudaram, mas a maior parte não concorda em deixar a região. São pescadores que preferem continuar morando próximo ao rio.

Na Cervejaria, por exemplo, foram cadastradas 335 famílias, mas somente 129 aderiram. O mesmo acontece no Beira Rio e no Generoso. No primeiro, das 331 famílias cadastradas, 92 aceitaram a remoção e vão para os casas que a Prefeitura constrói na parte alta da cidade. No Generoso, foram cadastradas 140 famílias e apenas 55 assinaram o termo de adesão e serão reassentadas no novo conjunto. Na Alameda Vulcano e no Havaí, a adesão foi maior, 90%. Nos dois locais, 80 famílias estão cadastradas no novo conjunto.

O conjunto Ana de Fátima Brites Moreira, onde o reassentamento teve início em dezembro, está destinado a 129 famílias da Cervejaria, 55 do Generoso, 92 do Beira Rio, 17 do Morro do Cruzeiro II, 35 do Tiradentes, 48 da alameda Vulcano, 34 do Morro da Formiga, 51 do Morro do Cruzeiro I, 16 do Morro da Bandeira e 32 do Hawai, todos em área de encosta. Na primeira etapa, foram atendidas 15 famílias que viviam no antigo prédio da Alfândega, 171 Cravo Vermelho III, 96 do Lar para Todos e nove famílias do antigo lixão que existia no Cravo Vermelho I, todos residindo em localidades consideradas de péssimas condições, sem qualquer tipo de infraestrutura.

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