Com muito brilho, Carnaval Cultural fecha a folia corumbaense

Corumbá mostrou mais uma vez que o carnaval está no sangue do seu povo. Depois do brilho das escolas de samba nos dois dias de desfile, domingo e segunda-feira, o Carnaval 2011 foi encerrado com muita animação nesta terça-feira (08). Na Passarela do Samba, a Prefeitura de Corumbá, organizadora da folia mais popular do Centro-Oeste brasileiro, proporcionaram um mergulho na história do Carnaval corumbaense. Público prestigiou e, na ‘passarela', os foliões proporcionaram uma viagem ao passado.

O Carnaval Cultural foi aberto pelo desfile de corsos, em que as pessoas desfilam em carros fazendo buzinaços. Dezessete veículos antigos, de várias marcas, participaram da folia, tendo a bordo, passageiros fantasiados, inclusive muitas crianças. Na frente, um Jeep conduzia a Corte de Momo. Maria Quitéria, personagem marcante do carnaval corumbaense, também passou pela Passarela, até auxiliando um dos veículos que apagou durante o cortejo.

Na cidade os corsos foram muito comuns até os anos 50 – no século passado -, sobrevivendo até meados dos anos 70. Alguns carros eram enfeitados, outros, de modelo aberto, traziam os foliões com fantasias. Também faziam parte da festa, água de cheiro, serpentinas e a batalha de confetes.

Logo atrás, ao som da Banda Manoel Florêncio, da Fundação de Cultura, veio o Bloco de Frevo. Formado por bailarinos, bailarinas, alunos e alunas da Oficina de Dança da Fundação de Cultura e Turismo, o grupo proporcionou um belo espetáculo, com os passos tradicionais, relembrando o frevo pernambucano.

O Bloco de Frevo foi retomado por meio de uma iniciativa do Executivo Municipal, através da Fundação de Cultura e Turismo, como forma de relembrar a época em que os foliões corumbaenses dançavam frevo nos blocos e bailes carnavalescos de clubes da cidade.

Ala das Pastoras

Em seguida, passou pela avenida a Ala das Pastoras, comandadas pela presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Heloisa Helena da Costa Urt, ao som de ‘As Pastorinhas', de Noel Rosa e Braguinha, de 1934. Personagens essenciais dos antigos ranchos e cordões as Pastoras eram detentoras de segredos passados pelos mestres músicos ao longo dos desfiles. Integraram a ala senhoras de todas as idades, usando belos vestidos inspirados em imagens fotográficas dos velhos carnavais, cantando antigas marchinhas.

O bloco dos Marinheiros passou logo em seguida na Passarela do Samba, reproduzindo a essência do Carnaval de Corumbá, uma vez que os militares da Marinha, predominantemente carioca, criaram em 1933 a escola de samba dos Marujos impulsionando os festejos de Momo no município. Inspirados por ela, a população passou a organizar cordões, blocos e escolas de samba.

Foi seguido do Bloco das Bruxas, formado apenas por mulheres corumbaenses, uma homenagem também ao Dia Internacional da Mulher, neste 08 de março. A secretária de Integração das Políticas Sociais foi uma das componentes da agremiação. Junto, a ala Flor de Laranjais. As duas entidades desfilaram pela primeira vez no carnaval corumbaense.

Para fechar a noite com chave de ouro o Carnaval Cultural ainda levou para a Avenida o bloco dos Palhaços, numa verdadeira reconstituição da história da folia corumbaense. É organizado pelos artistas do teatro e do circo que, por meio da versatilidade e criação, encantou o público corumbaense e turistas. Arrastou uma multidão à Passarela, esbanjando muita alegria e descontração.

O bloco dos Palhaços com seus Arleguins, Pierrôs e Colombinas, símbolos do Carnaval e uma marca da folia pantaneira, trouxeram de volta o brilho de antigos carnavais com as tradicionais fantasias, perucas, piruetas e os narizes vermelhos que tanto encantam as crianças, revivendo na passarela do samba o triângulo amoroso que protagonizam ao longo do tempo. Desfilaram ao som das antigas marchinhas e mostraram belas fantasias, com muito brilho e cores.

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