Corumbá, em março de 2011, apresentou o mais baixo índice de infestação predial nos últimos três anos. Relatório apresentado pela Secretaria de Saúde da Prefeitura Municipal, dá conta que em 2009, o segundo ciclo do Levantamento de Índice Rápido de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa) detectou uma incidência de 5,5% na área urbana da cidade, contra 3,1% em 2010, e 2,5% agora, em 2011.
O comparativo foi divulgado pela Coordenação Geral de Vigilância em Saúde, que observa ainda uma redução com relação aos depósitos predominantes. Segundo a coordenadora geral, médica veterinária Viviane Ametlla, em 2010, os reservatórios localizados a nível solo eram responsáveis por 76,6% do índice de infestação predial na cidade. Agora, no segundo ciclo de 2011, houve uma redução, atingindo 52,6%. No entanto, houve aumento nos depósitos móveism (vasos e pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais, etc.), 13,3% em 2010, e 15,8% em 2011; como também em relação a lixo doméstico, 2,2% em 2010, e agora, 18,4%.
Viviane, no levantamento, observa que esta redução de incidência nos reservatórios a nível de solo, pode ter relação direta com o índice pluviométrico que, em 2011, foi bem maior que em 2010. Ao mesmo tempo, houve aumento em outros tipos de depósitos, principalmente relacionado a lixo doméstico.
Mas, apesar da queda, a coordenadora mostra uma grande preocupação. A maior parte dos imóveis com incidência do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, são habitados. O levantamento aponta que estes locais contribuíram com 97,1% dos imóveis positivos , enquanto os terrenos baldios são responsáveis por apenas 2,9%. "Isso indica que os focos estão se localizando em locais habitados, com pessoas, e isto mostra que há a necessidade de uma maior atenção com os depósitos localizados dentro dos domicílios", explicou. A realização do LIRAa em 2011 contou também com uma ligeira perda de imóveis em virtude das fortes chuvas que impediram a visita em alguns quarteirões, um total de seis, e 35 imóveis deixaram de ser visitados.