Corumbá registra só 2,75% dos casos de dengue de todo o Estado

Com somente 2,75% das notificações de dengue em todo o Mato Grosso do Sul, Corumbá continua registrando um baixo índice da doença em relação ao ano passado. Até o mês de março, a cidade estava com 196 notificações, contra 1.174 no mesmo período em 2010. Os números foram anunciados no final da tarde desta quarta-feira (06) pela Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria Municipal de Saúde. Em todo o Estado, até o dia 26 de março, já haviam sido registradas 7.105 notificações.

Apesar da baixa incidência, a coordenadoria geral de Vigilância em Saúde da Prefeitura mantém-se em alerta. "Não podemos nos acomodar. O trabalho tem que continuar de forma intensa, combatendo os focos do mosquito Aedes aegypti, mesmo porque já há registros da circulação do vírus tipo 4 em estados vizinhos. Por isso mesmo temos que tomar todos os cuidados e manter as ações", comentou a médica veterinária Viviane Ametlla, coordenadora da área.

Viviane observou que a redução das notificações em relação a 2010 deve-se justamente pelo trabalho ininterrupto em Corumbá. "O combate acontece o ano todo, tanto durante período de chuva como o de seca. Temos que ficar em alerta constante, eliminando os focos, combatendo de forma intensa para evitarmos aumento dos casos. Mas isso não depende somente o Poder Público e dos parceiros que nos apóiam. A população também tem sua obrigação, principalmente eliminando os focos existentes dentro dos domicílios", cobrou.

A coordenadora informou que, mais uma vez, os principais depósitos de proliferação do mosquito continuam sendo os reservatórios de água ao nível de solo. Em março eles foram responsáveis pelo índice de 50,22% do índice de infestação, contra 22,15% dos depósitos móveis (vasos e pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais, entre outros), e 14,25 referentes a lixo e outros resíduos sólidos.

"A nossa grande preocupação é que os imóveis residenciais são responsáveis por 86,13% dos índices de infestação, contra 6,33% dos terrenos baldios. Isto mostra que os focos estão no interior das residências. Isto deve ser combatido pela própria população. Os terrenos baldios apresentaram redução graças aos trabalhos que estamos realizando, de limpeza, remoção de lixo, entulho, etc. Mas,a dentro das casas, não podemos fazer o mesmo. É o morador que deve tomar todos os cuidados", reforçou.

Ao mesmo tempo em que pede participação de forma intensa por parte da população, Viviane lembra que a orientação às equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e parceiros, é manter os trabalhos em toda a cidade. São serviços de roçada de matagal, como retirada de entulho, eliminação de focos, bloqueio mecânico e, principalmente, de orientação à comunidade.

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