Em execução, galeria do Aeroporto é comemorada pelos moradores

O barulho ensurdecedor das máquinas perfurando o solo rochoso da Rua José Fragelli, no Bairro Aeroporto, parece nem estar incomodando os moradores da região. Muito pelo contrário, eles estão comemorando a obra que a Prefeitura de Corumbá executa no local, importante para acabar com as inundações, drama sentido na pele pela senhora Ana Maria Marques da Cruz, 49 anos, e Elpídio Marques dos Santos, 59, que tiveram suas residências invadidas pelas águas durante as chuvas ocorridas nos primeiros meses do ano na cidade.

A obra faz parte de um amplo projeto desenvolvido pela Prefeitura que está sendo executado no bairro, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no valor de R$ 5,1 milhões, com contrapartida do Município. Esta etapa foi iniciada agora e vai ligar o Aeroporto à Popular Nova, na parte alta da cidade. "É uma galeria de extrema necessidade que será interligada à galeria que a Prefeitura está implantando na Rua Joaquim Wenceslau de Barros, para solucionar um antigo problema do bairro", disse o secretário de Infraestrutura, Habitação e Serviços Urbanos, engenheiro Ricardo Ametlla.

Para os moradores da região, o barulho causado pelas máquinas será compensado no futuro, quando a galeria estiver concluída. "A nossa esperança é que as inundações acabem. Na última chuva, a água invadiu minha casa, molhou os móveis, inundou tudo. Agora, com esta obra, estamos mais confiantes. O barulho das máquinas é o de menos", disse a dona de casa Ana Maria, em tom bastante alto, enquanto trabalhadores operavam os equipamentos em frente à sua residência, no número 1490.

Quem também demonstrou confiança e até mesmo alívio, foi Elpídio dos Santos, residente em uma residência localizada aos fundos do número 1490. Conforme ele, na última chuva, a água invadiu o quintal, inundou sua casa, "molhando tudo". Disse que o drama foi de todos que residem nas imediações. "Tenho familiares aqui perto que também tiveram suas casas invadidas pela água da chuva. Ficamos todos dentro d'água. Não vejo a hora desta obra acabar e a nossa rua ficar uma beleza", disse, confiante.

Para resolver

Ricardo Ametlla observou que a obra em fase de execução no Aeroporto foi uma orientação do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT), para resolver um antigo drama dos moradores do bairro. Ele lembrou o início da primeira gestão do chefe do executivo, quando foi necessário refazer um projeto de drenagem para resolver problemas de enchentes na Rua Gonçalves Dias. Disse que desde aquela época, o prefeito buscava recursos federais para ampliar a rede de drenagem, cujo valor encarece demasiadamente, devido ao solo rochoso.

"O prefeito incluiu esta galeria do Aeroporto no PAC e os serviços estão acontecendo", disse o secretario. A galeria foi iniciada pela Rua Joaquim Wenceslau de Barros, que hoje já está recebendo o material de concreto com diâmetro de 2,5 por 2 metros, que está sendo produzido por uma fábrica montada no próprio bairro. Terá uma extensão de três quilômetros. Concluída vai captar água pluvial de toda a região do Aeroporto, Popular Nova, Jardim dos Estados e bairros próximos. Vai ser interligada à galeria existente no fim da pista do Aeroporto Internacional. Uma terceira galeria está projetada para ser construída na Rua Luís Feitosa, passando pela Duque de Caxias até a Joaquim Wenceslau de Barros.

Geraldino de Barros

Na região leste da cidade, a Prefeitura está também implantando uma galeria celular que integra o mesmo projeto do PAC. Os serviços estão em fase final, restando somente a parte sob a rede ferroviária, na Rua Geraldino Martins de Barros, antiga Oriental. Ela tem 1,3 mil metros de extensão e será responsável pela ligação da galeria do Cristo Redentor (que corta a Popular Velha) à existente no centro da cidade, na Rua Tenente Melquíades de Jesus, ao lado da Escola Tenir. Estará também interligada à rede de água pluvial da Popular Velha e uma galeria (macrodrenagem) com 960 metros de extensão, que passará atrás do Parque Urbano Zumbi dos Palmares.

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