O Dia Mundial do Meio Ambiente foi celebrado de maneira diferente em Corumbá. A Praça da Independência foi palco de um grande ato que reuniu as mais diferentes instituições representativas para buscar junto à sociedade corumbaense, maior conscientização e a necessidade da preservação do ambiente para as gerações futuras. A programação foi idealizada pela Prefeitura Municipal, por meio da Fundação de Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário, com apoio de parceiros, como o Campus Pantanal da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, que catalogou 205 árvores existentes na praça, iniciando a identificação das mesmas.
O trabalho foi realizado pelas biólogas Iria Hiromi Ishii e Adriana Takahasi. "Catalogamos 205 árvores na praça. São 23 espécies entre exóticas e nativas que, a partir de agora, estaremos identificado com plaquetas", disse a doutora Iria, ressaltando que, a próxima pesquisa será identificar a idade das espécies existentes, todas tombadas pelo Patrimônio Histórico.
Iria Ishii comandou a instalação das primeiras plaquetas de identificação das árvores. São espécies variadas como palmeiras, tarumã, ipê, caranda, oiti e até mesmo a árvore símbolo do País, o Pau Brasil. O trabalho permitiu identificar que oiti é a árvores de maior número na Praça da Independência: 66 unidades.
A identificação contou com apoio de alunos da rede de ensino de Corumbá e foi acompanhada pela diretora presidente da Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal de Corumbá, Heloisa Helena da Costa Urt. Ela enalteceu a pesquisa das doutoras da Universidade Federal, afirmando que, a partir de agora, "as pessoas que frequentam a praça, conhecerão quais são as espécies plantadas no local, além de auxiliar as autoridades a preservá-las".
As árvores catalogadas com suas respectivas famílias, nomes científicos e comuns foram: Fabaceae, Delonix regia, o flamboiã ou flamboião, com 19 unidades; Bignoniaceae, Tabebuia impetiginosa, a piúva-roxa, com 15; Chrysobalanaceae, Licania tomentosa, o oiti ou uiti, com 66; Fabaceae, Prosopis chilensis, a algaroba, com 11; Capparidaceae, Capparis sp, a mangava-brava, com uma unidade; Arecaceae, Copernicia alba, o carandá, com 31; Arecaceae, Acrocomia aculeata, a bocaiúva, com 22; Anacardiaceae, Aspidosperma australe, o guatambu, com uma unidade; Anacardiaceae, Astronium fraxinifolium, o gonçalo-alves ou gonçaleiro, com 10; Fabaceae, Caesalpinia echinata, o pau-brasil, com uma; Bignoniaceae, Tabebuia ochracea, o ipê-amarelo, dois; Moraceae, Morus nigra, a amoreira, quatro; Malvaceae, Guazuma tomentosa, o Chico-magro, um; Arecaceae, Cocos nucifera, o Coco-da-bahia, com 11; Myrtaceae, Psidium guajava, a goiabeira, uma unidade; Cupressaceae, a Tuia, uma; Verbenaceae, Vitex cymosa, o tarumã, uma; Annonaceae, Guatteria, a ata, uma; Fabaceae, Parkinsonia, a aculeata, uma; Fabaceae, Lonchocarpus sericeus, a biueira, uma; Arecaceae, Attalea phalerata, o acurí, duas; Fabaceae, Enterolobium contortisiliquum, a ximbuva ou orelha-de-negro, com uma, e da família Combretaceae, nome científico Quisqualis indica, o jasmim-da-índia conhecido também como arbusto milagroso, uma unidade.