A Prefeitura de Corumbá já esta com processo em andamento para desapropriação de duas quadras existentes no Cravo Vermelho III, onde estavam assentadas as 171 famílias transferidas para o Conjunto Ana de Fátima Brites Moreira, no bairro Guatós. A área ainda é habitada por pessoas que residem na região há cerca de oito anos e para regularizar a situação, o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) optou pela desapropriação.
O processo está em tramitação e a desapropriação, com conseqüente regularização dos lotes, foi anunciada pelo prefeito em março, durante um encontro com os moradores do local. Na época, o chefe do executivo corumbaense disse que somente a partir do momento em que a área passar para o Município é que a Prefeitura terá condições de intervir, executando obras de infraestrutura, necessárias para tornar o local em condições de habitabilidade.
"Já estamos com o processo caminhado e, ao mesmo tempo, por orientação do prefeito, estamos desenvolvendo um projeto de macro e microdrenagem, para acabar com os problemas de inundações no Cravo III, como ocorreram durante as chuvas do início do ano", informou o secretário de Infraestrutura, Habitação e Serviços Urbanos, engenheiro Ricardo Ametlla. Ele, na época, participou da reunião do prefeito com os moradores locais e disse que tudo está caminhando conforme orientações de Ruiter.
"A preocupação do prefeito é dotar a área de todas as condições para que tenha condições de ser habitada. O local, durante as chuvas, alaga e era comum a água invadir casas. Para resolver o problema, é preciso executar um projeto de macro e microdrenagem. É isto que estamos fazendo, para que possamos dotar o local de condições técnica para pavimentação das alamedas, não só do Cravo III, mas também do II", explicou o secretário.
O projeto da Prefeitura, após a drenagem no local, é implantar pavimento em lajotas sextavadas em todas as alamedas dos Cravos II e III, dotando as duas localidades de condições dignas de moradia. O prefeito, durante o encontro com os moradores em março, anunciou a aplicação de R$ 2 milhões para execução dessas obras, bem como pavimentação da Rua 7 de Setembro, ligando o Cravo à Escola Municipal Almirante Tamandaré, no anel viário.
As obras de infraestrutura seriam realizadas com recursos viabilizados pela bancada federal sul-mato-grossense junto ao Ministério da Integração Nacional, no valor de R$ 2 milhões. A verba seria liberada de forma imediata, conforme o que ficou acertado em audiência no dia 02 de março de 2011, durante audiência com o ministro Fernando Bezerra Coelho, em Brasília-DF.
A audiência foi viabilizada pelos parlamentares do Estado e contou com as presenças do próprio prefeito Ruiter Cunha, além do senador Delcídio do Amaral, dos deputados federais Vander Loubet e Antônio Carlos Biffi; do deputado estadual Paulo Duarte (todos do PT), e dos vereadores Evander Vendramini (PP), Marcos Martins (PT) e Rufo Vinagre (PR).
A liberação acabou não ocorrendo e, hoje, a Prefeitura busca alternativas para executar os serviços necessários, inclusive com recursos próprios, oriundo dos impostos que a população paga, a exemplo do que já ocorre hoje com a recuperação dos estragos causados pelas chuvas do início do ano, tanto na zona urbana quanto na rural, onde estão sendo aplicados R$ 2,1 milhões.
Serviços continuam
Ricardo Ametlla informou ainda que a Prefeitura continua com serviços emergenciais no Cravo II e III, para dar condições trafegabilidade às ruas 7 de Setembro, 15 de Novembro e alamedas. "São ações emergenciais que fazer parte da Ação Prefeito Presente, levada pelo prefeito àquela região, para atender os moradores de todo o Cravo Vermelho", comentou. Na época, a Prefeitura iniciou a implantação de uma galeria provisória para escoamento da água que desce da região de morraria e que havia invadido as casas, bem como recuperação das ruas Maranhão, principal ligação do Cravo I ao II, e da Sete de Setembro, que atravessa toda região, ligando ao anel viário e, o que é principal, à Escola Municipal Almirante Tamandaré.
"Já realizamos os serviços básicos para atender linha de ônibus, coleta de lixo, das ambulâncias e da própria população que, na época, ficou isolada. Ao mesmo tempo, realizamos serviços emergenciais para canalizar a água. Agora, estamos concluindo a recuperação da 7 de Setembro, da 15 e das alamedas", explicou.