Oitava turma do “Se Essa Rua” recebe equipamentos de segurança

Os 55 moradores dos bairros Cristo Redentor e Guató, integrantes da oitava edição do Se Essa Rua Fosse Minha, receberam terça-feira (12) a camiseta do programa e os equipamentos de proteção individual (EPIs) que serão utilizados durante o serviço de lajotamento das alamedas Simão Bolívar, Aguapé e Vitória Régia. Cada kit disponibilizado pela Prefeitura de Corumbá contém um par de botas, óculos e luvas, instrumentos que garantem a integridade física dos calceteiros. Durante a entrega, promovida na sede do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), a secretária especial de Integração das Políticas Sociais, Beatriz Cavassa de Oliveira, coordenado geral da ação, voltou a destacar a amplitude do programa, implementado pelo prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) em 2007.

"O Se Essa Rua Fosse Minha é uma iniciativa bastante ampla, diversificada e que envolve todas as pastas da Administração Municipal. Vocês vão promover melhorias na infraestrutura do bairro onde moram, mas também terão um outro lado social muito importante. Será trabalhada a parte de saúde, esporte, lazer, meio ambiente e geração de renda. Vocês poderão ampliar seus conhecimentos e crescer enquanto comunidade", afirmou a primeira-dama, reforçando também a necessidade de integração de toda a comunidade para o sucesso pleno do projeto. "Serão três meses de trabalho, com todos juntos em busca de um objetivo comum. E ele só será alcançado se um ajudar o outro. Agora é preciso ser mais que vizinho. Temos que ser companheiros", frisou.

Outro ponto abordado pela secretária foi o envolvimento dos calceteiros na conservação dos equipamentos públicos. "Cada um de vocês precisa ser um multiplicador desta mensagem. Fazer o vizinho, o amigo ou mesmo o próprio parente entender que, quando não há zelo pelas coisas comuns aos demais moradores, todos são prejudicados", completou Beatriz. Responsável pela parte operacional do programa, Luiz Alves exemplificou bem o que o Se Essa Rua representa na vida dos beneficiados. "Temos que ver nossa alameda como uma colméia, onde cada um fez um pouco, resultando num grande trabalho conjunto".

"Quando vocês olharem aquela rua, seja daqui a cinco, dez ou quinze anos, vão saber que fizeram parte da história do bairro", complementou Peão, como ele é conhecido entre os calceteiros. A fase de capacitação teórica e prática, realizada pelo Senai, termina na próxima terça-feira (19). No dia seguinte, os trabalhos começam nas alamedas incluídas nesta etapa do programa. Em menos de cinco anos, o Se Essa Fosse Minha já pavimentou com lajotas sextavadas mais de 42,8 mil metros quadrados de alamedas em diferentes regiões da cidade. As obras são custeadas com recursos do Fundo Municipal de Investimento Social (FMIS).

Oportunidade

Além de promover melhorias importantes na infraestrutura dos bairros, o Se Essa Rua Fosse Minha também oferece oportunidade para que a população beneficiada se capacite e aumente sua possibilidade de encontrar um lugar no mercado de trabalho. "O curso que vocês realizam aqui no Senai é o mesmo oferecido em outras unidades do Brasil. Ou seja, vocês saem daqui aptos a trabalhar em qualquer lugar do País", afirmou Marcos Antônio da Costa, gerente do Centro de Educação Tecnológica (CETEC) do Senai de Corumbá.

Segundo ele, a construção civil é um setor em franca expansão no município e que, cada dia mais, oferece oportunidade ao público feminino. "Muitas empreiteiras preferem contratar mulheres. Em algumas tarefas, elas são mais caprichosas e empenhadas que os homens", revelou. Das 55 pessoas capacitadas nesta oitava etapa, 48 são mulheres. Quantidade que representa quase 90% do total de calceteiros. "Esta é a vez de vocês. Tenham perseverança até o final do programa que, com certeza, serão recompensados por isso", finalizou Marcos Antônio.

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