A Prefeitura de Corumbá está implantando uma terceira galeria tronco na cidade, como parte de um amplo projeto idealizado pelo prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT), para resolver os problemas de inundações na área urbana. Desta vez, os trabalhos acontecem no bairro Nossa Senhora de Fátima, pelas ruas Firmo de Matos e Joaquim Wenceslau de Barros. Fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 1) do Governo Federal, com aplicação de R$ 79,3 milhões em benfeitorias, sendo R$ 24,7 oriundos de arrecadação da própria Prefeitura.
A nova galeria está sendo implantada paralelamente às que a Prefeitura executa na Rua Geraldino Martins de Barros, antiga Oriental, e na própria Wenceslau de Barros, no Bairro Aeroporto. São três grandes obras que, concluídas, captarão toda a água da parte alta da cidade, principalmente da região de morraria, interligando-as a outras galerias já existentes na parte baixa (centro), até o Rio Paraguai.
Os serviços na Rua Firmo de Matos estão em pleno andamento. A obra vai ser interligada a uma galeria existente na Rua Duque de Caxias, que recebe toda a água da parte alta, passando pela Popular Nova, como também à existente na Rua Luis Feitosa, que deságua no Rio Paraguai, passando pela Alameda Havaí. Para o prefeito, as três galerias são extremamente essenciais para evitar dramas como os ocorridos em 1992, em 2004 e 2005, como também agora, no início de 2011.
Fim de um problema
Estabelecido no local desde o ano de 1972, Augusto Monteiro, 60 anos, proprietário de uma autoelétrica na Rua Firmo de Matos, lembra a forte chuva que ocorreu em 1992. "Aqui inundou tudo. A água invadiu as casas e o prejuízo foi grande. Meus vizinhos perderam moveis e outros pertences", afirmou, enquanto observava máquinas abrindo uma enorme vala na via pública para implantação da galeria celular de concreto, que será responsável pelo escoamento da água de chuva. "É uma grande obra. Vai ser muito bom para todos nós e evitar inundações como aquela de 92", comentou.
Sobre as últimas chuvas, especialmente a do início de ano, Augusto obserservou que não houve muitos problemas na região. "Era bastante água, mas, passou por cima do asfalto. Não chegou a invadir casas", disse. A minimização desse problema no Nossa Senhora de Fátima, já é reflexo das obras de drenagem que a Prefeitura executou nem toda a região, antes de implantar o asfalto.
Como se sabe, no final de 2004 e início de 2005, o bairro sofreu com chuvas torrenciais e muitas residências ficaram inundadas. Na época, o prefeito Ruiter Cunha iniciava a sua primeira gestão e determinou desenvolvimento de projetos importantes, para buscar recursos em Brasília, junto ao Governo Federal, para implantação de galerias e drenagens de águas pluviais, capazes de coletar toda a água que desce da região de morraria, conduzida direto para o Rio Paraguai.