Ações de prevenção e combate à dengue vão movimentar a manhã desta sexta-feira (19) no conjunto Vitória Régia. O trabalho faz parte de uma estratégia adotada pela Prefeitura de Corumbá, por meio da Secretaria de Saúde, para conscientizar a população e evitar surgimento de novos casos de notificação da doença. Segundo a coordenadora de Vigilância em Saúde da Prefeitura, médica veterinária Viviane Ametlla, o mutirão está a cargo dos agentes de endemias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), em conjunto com a equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF), responsável pelo atendimento na área.
"Será uma ação interessante e importante para evitar que a dengue volte a crescer em Corumbá. Será um trabalho em equipe, com participação dos agentes comunitários de saúde, enfermeiros e os agentes de endemias, com participação efetiva da população, e que deve ser estendido a outras regiões da cidade", pregou Viviane. Conforme ela, os agentes comunitários já realizaram um trabalho no conjunto, para que os moradores depositem todo tipo de material que possa servir de foco para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, para ser recolhido pelo caminhão do CCZ.
Viviane lembra que o trabalho em equipe é fundamental para evitar surgimento de casos da dengue. Isto se deve ao fato dos agentes comunitários e os enfermeiros estarem em contato direto com a população e, por meio deles, é possível realizar um trabalho educativo, conscientizando o morador a eliminar os focos da doença.
Dois casos
A coordenadora explicou agora à tarde que a ação deve ser constante e atingir todos os bairros da cidade. Lembrou que, após seis semanas, dois casos foram notificados nas semanas epidemiológicas 31 e 32, neste início de agosto. Hoje, a cidade está com 243 casos notificados, bem abaixo de 2010, "mas nem por isso temos que nos descuidar. Muito pelo contrário, é preciso manter as ações constantes e buscar cada vez mais o apoio da população para eliminar os focos no interior das residências", informou.
Levantamento divulgado pela Secretaria de Saúde dá conta que os meses mais complicados, em relação a números de casos da doença, foram março e abril. A variação foi de 12 a 18 casos por semana. "Estamos em período de seca. No entanto, não nos podemos nos esquecer que o ovo do mosquito Aedes aegypti sobrevive mais ou menos por 500 dias sem água. Na primeira chuva ele eclode. Por isso temos que tomar cuidado e continuar as ações de forma contínua e participativa", cobrou.