Déficit habitacional, um dos maiores dramas da população brasileira, está sendo combatido com firmeza em Corumbá, por meio de um trabalho desenvolvido pela Prefeitura Municipal, em parceria com o Governo Federal. Estimado em 4,5 moradias no início de 2005, este número já está bem abaixo nos dias atuais. A projeção do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) é chegar ao final de seu governo, com uma redução superior a 55%, disponibilizando condições dignas de moradia para mais de 2.500 famílias, principalmente aquelas que residem em áreas de risco.
No final da manhã desta segunda-feira (PT) o prefeito corumbaense visitou o canteiro de obras do novo conjunto habitacional que a Prefeitura implanta na cidade. São as 260 novas moradias do Programa Minha Casa Minha Vida, novo empreendimento na zona sul de Corumbá, no Anel Viário, próximo à Escola Municipal Almirante Tamandaré. O ato marcou a apresentação da casa modelo do programa Corumbella II, que está sendo erguido em parceria com o Governo Federal, com apoio da Fundação Vale, que está viabilizando recursos para execução de serviços de infraestrutura, entre eles, rede e ligações domiciliares de esgoto.
Ruiter estava acompanhado do vice-prefeito Ricardo Eboli; vereadores Carlos Alberto Machado (PT) e Marcelo Iunes (PSD); dos gerentes Danilo Campos, de Gestão Integrada, e Letícia Oliveira, de Relacionamento Institucional, ambos da Vale; do secretário de Gestão Governamental Cássio Augusto da Costa Marques; sub-secretários Lamartine Figueiredo Costa (Relações Institucionais) e Luis Mário Romão (Habitação), além de outros assessores. Foram recebidos pelo diretor da construtora Paiva e Empreendimentos Ltda, Everton Rubênio de Sena Batista.
"Quando iniciamos nossa primeira administração, uma das principais preocupações era com relação ao déficit habitacional. Hoje, com apoio do Governo Federal e da própria iniciativa privada, estamos conseguindo reduzir os índices, diminuindo o déficit, construindo casas para as famílias que mais necessitam", comemorou o prefeito, já projetando mais unidades habitacionais até o final de seu governo, em 2012.
O chefe do executivo corumbaense fez um balanço do programa habitacional desenvolvido em Corumbá. Lembrou as 800 moradias do PAC I (o PAC – Casa Nova), já com 274 casas habitadas (as demais serão entregues a partir da implantação de redes de água e esgoto sanitário); 338 do Promoradia, no Bairro Aeroporto; as 112 do PAC-FNHIS (Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social), e as que estão sendo iniciadas agora, como as 260 do Corumbella II, e outras 336 do Corumbella II (em fase de aprovação na Caixa), ambas do programa Minha Casa Minha Vida, além das 400 unidades previstas pelo PAC II (200 na Popular Nova / Jardim dos Estados e 200 no Guató).
"São mais de 2,2 mil casas para atender famílias de baixa renda e que vivem em situações de risco, já cadastradas pelo município", comentou o prefeito. A sua pretensão é aumentar ainda mais este número, com os novos projetos que estão tramitando em Brasília, junto ao Governo Federal. Ao todo, são 2.246 casas que, somadas aos 130 terrenos doados pela Prefeitura ao Movimento Nacional de Luta pela Moradia para atender famílias do Loteamento Pantanal, e 56 apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida, já entregues na cidade, o número sobre para 2.432, reduzindo o déficit em 54,04%.
O prefeito se mostra otimista com implantação de novos empreendimentos na cidade, inclusive para atender uma outra faixa da população, famílias com renda entre três e 10 salários mínimos. Para tanto, acentuou que a Prefeitura, por meio de lei, está concedendo incentivos fiscais, atraindo empresas do segmento da construção civil, para que invistam na cidade, construindo casas ou mesmo apartamentos para atender outras classes da sociedade.
Água e esgoto
Ao fazer um balanço sobre a redução do déficit habitacional na cidade, o prefeito informou que o novo conjunto, Corumbella II, está sendo construindo já com anuência da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), no que se refere a implantação de redes de água e esgoto. "Esperamos que as casas sejam construídas junto com a implantação de água e esgoto, evitando o que está ocorrendo com as casas do PAC I (PAC – Casa Nova) que já estão prontas, mas não podemos reassentar as famílias no local devido à falta de água e esgoto", cobrou.