Povo das Águas inicia atendimento nesta quarta, no baixo Pantanal

A 15ª edição do Programa Social Povo das Águas começa no dia 30 de novembro na região do Porto Formigueiro, Boca do Paraguai Mirim e Volta Grande, parte baixa do Pantanal corumbaense. No período da manhã, das 8h às 12 horas, o atendimento será na casa da Dona Fátima. À tarde, das 14h às 18 horas, os trabalhos estarão concentrados no Porto da Manga. No dia 01 de dezembro, as equipes da Prefeitura de Corumbá estarão em Forte Coimbra, onde atenderão aos ribeirinhos na Escola Municipal Ludovina Portocarrero.

Na sexta-feira, dia 02, os atendimentos médicos, odontológicos e sociais estarão sendo oferecidos na Escola Municipal Rural Pólo Porto Esperança, em Porto Esperança, das 8h às 12 horas. Encerrando a nona edição do Programa Social em 2011, a equipe do Município estará no Porto Morrinho, no Porto da Odila, das 8h às 12 horas. Os trabalhos são coordenados pela Secretaria Especial de Integração das Políticas Sociais, pasta chefiada pela primeira-dama Beatriz Cavassa de Oliveira.

As secretarias municipais de Saúde, Assistência e Cidadania, Educação, a Fundação de Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário, a Defesa Civil e o Conselho Tutelar também fazem parte da ação, que beneficia os moradores de áreas distantes do pantanal, onde o acesso a área urbana é limitado pelas próprias questões ambientais. Esta será a terceira vez no ano que o Programa Social assiste aos ribeiros na parte baixa. As outras duas ocorreram em junho e agosto.

Continuidade
Durante a 12ª edição do Programa Social, realizada entre os dias 22 e 25 de agosto, mais de 200 famílias foram beneficiadas pela Prefeitura. A região foi uma das que mais sofreram com a cheia do Rio Paraguai. Em Porto Esperança, apenas algumas residências não ficaram completamente em baixo d'água. No Porto da Manga e no Morrinho, onde o número de famílias ribeirinhas é grande, as dificuldades foram ainda maiores, uma vez que a água bloqueou o único acesso terrestre dos moradores até a cidade: a Estrada Parque

Em junho, quando o Povo das Águas também esteve na localidade, encontrou o casal Carmelindo e Júlia Mendes em uma situação preocupante. Eles moram num local conhecido como Acurizal junto com um filho de 12 anos e uma neta de 4. Sem condições de se manter na casa, tomada quase toda pela água, eles tinham montado um acampamento no quintal. Duas barracas, erguidas sob uma árvore, abrigava as quatro pessoas da família. Em cima do pé de manga, ficavam as poucas galinhas que restavam aos ribeirinhos.

Dois meses depois, em agosto, a situação era diferente. Com o leito do Paraguai retornando ao seu nível normal, a rotina dos pantaneiros foi se adaptando a nova realidade. "Hoje nossa vida voltou ao normal. O mais difícil já passou", afirmou Carmelindo. Segundo dona Júlia, a ajuda oferecida pela Prefeitura foi fundamental para que eles superassem mais um ano de cheia intensa. "Se não fosse por vocês, teria sido muito pior", garantiu a pescadora, que aproveitou a ação para cuidar da saúde.

Mas os ribeirinhos carecem da presença do Poder Público. A Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania distribuiu 210 cestas básicas. Também foram doadas 240 redes, 30 kits bebês, 250 cobertores, 800 colchas, 150 roupas e agasalhos e 50 pares de meia, estes últimos quatro itens doados pela Receita Federal à Prefeitura. Todas as famílias ainda ganharam um kit legume, formado por vegetais adquiridos pela Fundação de Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário.

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