Um espetáculo. É assim que se pode definir a primeira noite do Corumbá em Dança ontem, sábado, na Praça Generoso Ponce. O forte calor não foi suficiente para afastar o público que lotou as cadeiras, arquibancadas e os espaços laterais, para ver e aplaudir os dançarinos da Oficina de Dança do Pantanal e de grupos convidados tanto da cidade, como de Campo Grande, Dourados e Ladário. Teve de tudo. Dança regional com direito ao som da viola de cocho, balé, sapateado, street dance e muito mais. Foram 16 apresentações criteriosamente coreógrafadas por Joilson Cruz, Chico Neller, Jô Diuary, Reinária Rodrigues, Maria Mercedes Marinho, Marius Petipá, Kleber Costa, Blanche Torres, Marcos Mattos e outros. Uma mostra do que os artistas reservam para a noite deste domingo (13) e também para segunda-feira (14).
A abertura foi feita pela Oficina de Dança do Pantanal, organizadora do Corumbá em Dança, promovido pela Prefeitura por meio da Fundação de Cultura e Turismo do Pantanal de Corumbá. No palco, os alunos e professores da instituição mostraram um pouco de uma das festas mais tradicionais da cidade, o Banho de São João, com a dança do Siriri, ao som de muita cantoria e da viola de cocho. Prenúncio do que viria a seguir.
E quem subiu ao palco foi a Cia Dançar, de Campo Grande, com Remember, a cargo do renomado coreógrafo Chico Neller. Foi um show a apresentação do grupo, assim como todos que vieram em seguida, como UNO Grupo de Dança da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul / Campos Pantanal de Corumbá, com a coreografia Identidade… a soma de um dígito só (Trecho do Espetáculo "Verbo… palavras em movimento"), com os coreógrafos Jô Diuary e Reinária Rodrigues; o sapateado das meninas da Oficina de Dança, que apresentaram a coreografia Lollipop, de Maria Mercedes Marinho; a Cia. Unika Dança da UFMS de Campo Grande, com a coreografia Dúvida, coreografada por Rosana Cintra e Robson Bento.
Foi assim, a cada apresentação, aplausos do público, em pé. Aplausos para a Zoe Cia de Dança, de Campo Grande, com Pas-de-deux de "Bodas de Aurora", coreografada por Marius Petipá; Castelânea e Amores, com a Oficina de Dança, coreografadas por Chico Neller e Kleber Costa, respectivamente; A Viagem Pantaneira, com o grupo do PETI – Comitiva Pantaneira, coreografia de Rivaldo Velasco Martins; Cia Juvenil Moinho Cultural Sul-Americano, com Prólogo das Fadas – Ballet A Bela Adormecida, com Marius Petipá, e adaptação de Beatriz de Almeida; Cia do Mato, de Campo Grande, com Dois em um Só, com Chico Neller, que coreografou H – 13, apresentada pela Oficina de Dança.
A cidade de Dourados também esteve presente na primeira noite com a Cia Blanche Torres que apresentou Back to Black, coreografada por Blanche Torres; Ararazul Cia de Dança de Campo Grande, com Amado Mio, coreografia de Chico Neller, responsável por mais uma apresentação da Oficina de Dança com Nós e os outros. O encerramento da primeira noite não poderia ser melhor. O espetáculo The Move, a cargo da Oficina de Dança, coreografado por Marcos Mattos, levantou o público mais uma vez, mostrando que o street dance ganhou o seu espaço definitivamente na cidade e, mais do que nunca, está cumprindo um importante papel de inclusão social.
Superando barreiras
A diretora presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Heloisa Helena da Costa Urt, definiu a primeira noite como "sensacional". Segundo ela, por ser uma estréia, as dificuldades são maiores, mas "os artistas superaram todas as barreiras e apresentaram a sua arte". Agradeceu o trabalho desenvolvido pela Oficina de Dança, os grupos que vieram a Corumbá participar de um evento que está se tornando uma tradição.
Heloisa aproveitou para convidar o público para a segunda noite do Corumbá em Dança, evento que integra a Semana Sabor e Arte, evento realizado pela Prefeitura e parceiros e que congrega o Festival Gastronômico e o Concerto Santa Cecília, previsto para terça-feira (15).