A Prefeitura de Corumbá cumpre a partir de quinta-feira (08), mais uma etapa do processo de reassentamento de famílias que habitam áreas consideradas de risco e em situação de vulnerabilidade social. O novo endereço é o conjunto habitacional no Bairro Guató, parte alta da cidade, construído em parceria com o Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A mudança será acompanhada pela equipe técnica social da Subsecretaria de Habitação e Regularização Fundiária, ligada à Secretaria Municipal de Infraestrutura, Habitação e Serviços Públicos. A previsão é que, até o dia 19 de dezembro, todas já estejam habitando as moradias da quadra 26 do PAC Casa Nova.
Esta é a segunda etapa cumprida pela Prefeitura. No final de 2010 e início de 2011, outras 274 famílias foram reassentadas no conjunto dotado de 800 unidades, além de equipamentos urbanos como praça de esportes e lazer, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), ambos já concluídos; um Centro de Educação Infantil (em fase de construção), uma unidade básica de saúde (obra prestes a iniciar), além de rede de drenagem, asfalto, energia elétrica, rede de telefonia, água e esgoto. No local os investimentos somam R$ 28.525.000, sendo R$ 24.246.250,00 da União e R$ 4.278.750 de contrapartida do Município. Fora do projeto do PAC Casa Nova, a Prefeitura implanta também uma Unidade de Pronto Atendimento Médico 24 Horas (UPA 24 Horas), que vai atender não só os moradores do conjunto, mas de toda a região da parte alta da cidade.
Pelo cronograma da equipe técnica do PAC Social, na quinta e sexta-feira, vão ser reassentadas famílias das regiões do Loteamento Pantanal (Lar para Todos) e das áreas de risco que tiveram suas casas interditadas pela Defesa Civil. "São famílias que se vão realizar suas próprias mudanças, sem necessidade de veículos disponibilizados pela Prefeitura. Já entre os dias 13 e 19, vamos reassentar outras famílias, com apoio da Prefeitura, cumprindo um agendamento já estabelecido com as famílias", disse a coordenadora da equipe, assistente social Luciane Andreatta de Castro.
A assistente social informou ainda que, entre as famílias que começam ser reassentadas na quinta, sete preferiam manter suas origens. São sete famílias que resistiram à mudança, preferindo continuar em áreas de risco, em imóveis já condenados pela Defesa Civil, nos bairros da Cervejaria e Beira Rio, e na Alameda Vulcano. Luciane Andreatta explicou que todas assinaram um documento, "abrindo mão do direito habitacional que a Prefeitura está assegurando, assumindo inclusive o risco de permanecer no local, apesar da assistente social e um técnico da Defesa Civil mostrar o risco que eles correm, continuando no local", lamentou.
O reassentamento destas famílias está sendo possível após acordo firmado pela Prefeitura, Movimento Nacional de Luta pela Moradia e os futuros moradores com a Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) que garantiu abastecimento de água e rede domiciliar de esgoto das casas. Agora, a Prefeitura aguarda o término das obras de ampliação do sistema de abastecimento de água e de esgoto sanitário, previsto para fevereiro de 2012, para reassentar as demais famílias nas demais unidades do conjunto.