A Prefeitura de Corumbá voltou a notificar a direção da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) cobrando a recuperação das ruas da área urbana do Município que sofreram intervenções com as obras de ampliação dos sistemas de esgotamento sanitário e de abastecimento de água, executadas com recursos do Governo Federal e contrapartida do Estado. Na notificação enviada na tarde desta quarta-feira (07), com cópia à Secretaria de Estado de Obras Públicas e de Transportes, o Município cobra mais uma vez o envio de um cronograma de execução de serviços que devolvam às vias, principalmente do centro, as condições de tráfego encontradas antes das obras.
Por reiteradas vezes, o Executivo municipal enviou relatórios à Sanesul para que fossem tomadas providências em relação à recomposição da pavimentação das vias danificadas. No entanto, a empresa continua a executar as obras sem se preocupar com a imediata recuperação das ruas, acarretando grandes transtornos e desconforto à população. Com o início do período chuvoso, o problema tende a se agravar. "Sendo assim, solicitamos que seja apresentado um cronograma de execução de obras de recomposição de pavimento, no prazo de 10 dias", reiterou o ofício nº 066/2011, assinado pelo secretário municipal de Insfraestrutura, Habitação e Serviços Urbanos, Ricardo Campos Ametlla.
A notificação é o último recurso utilizado pela Prefeitura antes de buscar uma solução judicial para a recuperação das vias públicas. Na última terça-feira (06), o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) se reuniu com o secretário Ricardo Ametlla e o procurador geral do Município, Marcelo Dantas, buscando uma solução o mais rápido possível para o problema, que se arrasta por quase dois anos sem atender a população a contento. A preocupação do prefeito se justifica pelas fortes chuvas que atingiram a cidade no início deste ano, ampliando drasticamente os danos aos pavimentos mal recuperados, e aumenta em relação à possibilidade de novas chuvas fortes no próximo ano.
Só nos serviços emergenciais para reparo dos estragos provocados pela água, a Prefeitura aplicou cerca de R$ 2,1 milhões, em recursos próprios, para dar maior conforto e segurança à população. "Infelizmente, observamos que ainda há demora na execução dos serviços da Sanesul. Exemplos disso são as ruas Cabral e Firmo de Matos, no centro da cidade, que ainda não foram recuperadas pela empresa, deixando imensos buracos que comprometem imensamente o tráfego e irritam os motoristas", completou Ametlla. Paralelamente ao prazo estabelecido, o Município já prepara medidas em âmbito judicial, caso nada seja feito e cidade volte a enfrentar o caos durante o período chuvoso.