O capitão-de-mar-e-guerra Daniel Silvino Costa Nogueira, natural de Ladário, assumiu nesta sexta-feira (13) o comando da Flotilha de Mato Grosso. Ele substituiu o também capitão Wagner da Costa Freitas, que ficou no posto durante quase dois anos. A transmissão de cargo foi realizada a bordo do navio Monitor Parnaíba, no 6º Distrito Naval. O prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha de Oliveira (PT), participou da solenidade, onde destacou a significância de um militar da região assumir um dos mais importantes postos deste Distrito Naval.
Para Ruiter, o capitão Daniel Nogueira é um exemplo para todos que pretendem servir às Forças Armadas, em especial a Marinha. "É um momento de grande alegria para todo o povo pantaneiro, principalmente para os irmãos ladarenses", reforçou o prefeito. O chefe do Executivo de Ladário, José Antônio Assad e Faria (PT), também participou da solenidade, conduzida pelo comandante do 6º DN, contra-almirante Márcio Ferreira de Melo.
Daniel Silvino Costa Nogueira estudou no Colégio São Miguel e na Escola Municipal Farol do Norte, de Ladário, e no Colégio Salesiano, de Corumbá, antes de ingressar no Colégio Militar, em Fortaleza, segundo informou a assessoria de imprensa de Ladário. Ele é mergulhador de combate, paraquedista e submarinista. "Sou marinheiro até debaixo d'água", afirmou o capitão no discurso de posse.
Flotilha
A Flotilha de Mato Grosso foi criada em 20 de outubro de 1876, fruto da visão da Marinha em defender os interesses nacionais na fronteira oeste e dentro de um contexto geopolítico de pós-guerra da Tríplice Aliança. Hoje, a Flotilha conta com 9 navios, sendo 4 Navios-Patrulha, 1 Monitor, 1 Navio de Transporte Fluvial, 1 Aviso de Transporte Fluvial, 1 Navio de Apoio Logístico Fluvial e 1 Navio de Assistência Hospitalar, que tem atuado efetivamente na condução de assistências cívico-sociais e médico-hospitalares às populações ribeirinhas no Pantanal.
A Flotilha dispõe ainda de um Grupo de Embarcações de Patrulha e Desembarque, que presta apoio na realização das Operações Ribeirinhas e de Patrulha Fluvial e de um Grupo de Mergulho, com atuação relevante em diversos incidentes de Busca e Salvamento.
No histórico destes 135 anos de existência, ressalta-se o esforço perene de se manter e aprimorar a capacidade operacional da Flotilha para o cumprimento de suas atribuições, que abrangem amplo espectro de atividades, com a execução de operações de extrema complexidade, como as Operações Ribeirinhas – que exigem forças especialmente configuradas e preparadas para tal – como também a nobre tarefa de concorrer para melhorar o bem-estar das populações ribeirinhas da região, por meio da prestação de assistência cívico-social, capacidade ampliada com a incorporação do Nash Tenente Maximiano.