O prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) recebeu nesta terça-feira (31) a visita do coronel Marcelo Dutra de Oliveira, atual comandante do 17º Batalhão de Fronteira, e do tenente-coronel João Roberto Andrade de Jesus Ferreira, que assume o comando da unidade militar nesta quarta-feira, dia 01º. Durante o encontro, o chefe do Executivo corumbaense agradeceu a colaboração do coronel Dutra durante sua passagem pela cidade e deu boas vindas ao tenente-coronel Ferreira.
Ruiter também confirmou presença na cerimônia de transmissão de comando, marcada para as 9h45 desta quarta-feira no quartel do 17º BFron. A solenidade será comandada pelo general-de-brigada Carlos dos Santos Sardinha, comandante da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira. João Roberto Andrade de Jesus Ferreira será o 32º oficial a comandar o Batalhão Antônio Maria Coelho, fundado em 14 de maio de 1842, data da criação do Corpo Provisório de Caçadores de Minas Gerais na cidade de Ouro Preto/MG.
História
Iniciada a Guerra da Tríplice Aliança, a fusão do Corpo Provisório de Minas Gerais com o de São Paulo, em 28 de junho de 1865, ativou o 21º Batalhão de Caçadores, Unidade essa que teria destacada atuação como integrante da Coluna Expedicionária de Mato Grosso sob o Comando do Coronel Camisão. Em 21 de abril de 1867, o 21º BC transpõe o ria Apa, penetrando no território paraguaio. Foi marcante o desempenho do heróico Batalhão nos combates de Laguna (07 de maio), Bela Vista (08 de maio) e Machorra (11 de maio).
A partir destas memoráveis vitórias, o 21º BC viveu a epopéia da "Retirada de Laguna", tendo enfrentado as maiores provações com dignidade e valor. Ainda no decurso da guerra, a 22 de fevereiro de 1870, o 21º BC aportou em Corumbá para vigiar a calha do rio Paraguai até o Forte de Coimbra. Em 1871, o major Júlio Anacleto Falcão da Frota, mais tarde promovido a Marechal de Campo, concluiu a construção do Forte Junqueira, assim denominado em homenagem ao Ministro da Guerra da época. Daquele ano até os nosso dias, o valoroso Batalhão permaneceu aquartelado na Capital do Pantanal.
O seu primeiro quartel em Corumbá, conhecido como Quartel Velho, situava-se na esquina das ruas Delamare e Ladário. A partir de 1920 passou a denominar-se 17º Batalhão de Caçadores – 17º BC, mantendo a tradição do Corpo de Caçadores e do Legendário 21º BC. De 1908 a 1914 construiu-se o atual quartel com parte do material vindo da Europa, particularmente as telhas. A partir de 1920 passou a denominar-se 17º Batalhão de Caçadores – 17º BC, mantendo a tradição do Corpo de Caçadores e do Legendário 21º BC.
Como integrante da fração governista em 1932, participou da retomada de Porto Murtinho onde se desenvolveram violentos combates em que os rebeldes utilizaram apoio aéreo e artilharia na tentativa de manter a ligação com o exterior pelo rio Paraguai. Em 1987, o 17º BC é distinguido com o estandarte e distintivo histórico, tendo recebido a denominação de "Batalhão Antônio Maria Coelho", em homenagem ao herói da retomada de Corumbá, transcorrida durante a campanha do Paraguai.
Foi uma feliz escolha, pois Antônio Maria Coelho, mais tarde promovido a Marechal de Campo e agraciado com o título de Barão de Amambaí, liderou em junho de 1867 um dos mais empolgantes feitos de armas de que se pode orgulhar o Exército Brasileiro. Sua tropa após vencer, a zinga e a braços, os pantanais entre Cuiabá e Corumbá, furtou-se da frotilha inimiga e investiu de surpresa contra as fortificações guaranis, colocando em fuga os invasores. No ano de 1994, o Batalhão passou a se chamar 17º Batalhão de Fronteira. As informações são da assessoria do 17º BFron.