Trabalhadores contratados pela Secretaria Municipal de Infraestrutura, Habitação e Serviços Urbanos estão reforçando as equipes que, desde dezembro, realizam uma mega ação na área urbana de Corumbá, no combate à dengue. Na tarde da terça-feira (10), um grupo de 40 pessoas se apresentou no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e, junto com agentes de endemias e soldados do Exército Brasileiro, passa a atuar no combate ao vetor transmissor do vírus da dengue, o mosquito Aedes aegypti.
Esta ação foi intensificada já na segunda-feira (09) pela Popular Nova, região apontada como a ‘campeã' na incidência da dengue com índice de infestação predial de 6,90%. A supervisora chefe do órgão, bióloga sanitarista Grace Bastos, informou que, logo após fechamento do LIRAa, a equipe técnica do CCZ elaborou uma ação específica de combate ao vetor transmissor do vírus da dengue, para as regiões com índices altos.
Começou pela Popular Nova e vai atingir também o Nossa Senhora de Fátima com 6,45%; Guarany com 3,70%; Centro América com 3,57%; Guató com 3,03%; Universitário com 2,41%; Maria Leite com 2,25%; Centro 1 (da Rua Edu Rocha até a Rua Antonio Maria) com 2,23%; Aeroporto com 2,22; Cristo Redentor com 2,00; Dom Bosco com 1,92; Centro 2 (da Rua Antonio Maria à Rua Albuquerque) com 1,42%, e Popular Velha com 1,12 % de infestação.
"Esta ação consiste coleta de amostras, eliminação e remoção de depósitos sem serventia, considerados potenciais criadouros do Aedes aegypti", explicou, acentuando que, quando necessário estes depósitos serão tratados, conforme preconizado pelo Programa Nacional de Combate à Dengue (PNCD). "Além disso, vamos desenvolver um trabalho educativo com os moradores informando-os sobre os índices, a importância da prevenção e as formas de combate à dengue", explicou.
Para acelerar os serviços, o grupo foi dividido em duas equipes, integradas por pessoal do CCZ, Exército e trabalhadores contratados pela Seinfra. São 64 pessoas para atuar nos bairros críticos, com apoio de equipamentos, veículos e outros materiais. A ação conta também com apoio das enfermeiras e dos agentes comunitários de saúde dessas localidades, que deverão intensificar as vistorias e eliminação dos depósitos de água a nível de solo, depósitos fixos e móveis como ralos, sifão, caixa de gordura, caixa de descarga, atrás da geladeira, vasos de plantas, pratos, baldes, bebedouros de cães, garrafas, latas, como também eliminação de garrafas pets, latinhas de refrigerantes e cerveja, entre outros.
O trabalho será específico nos bairros com índice acima de 1%. O CCZ alerta que os moradores devem cooperar e participar mais ativamente da campanha, principalmente pelo fato de que os criadouros, na sua grande maioria, estão dentro dos imóveis, conforme o que apontou o último LIRAa, finalizado na quinta-feira da semana passada.
Imóveis fechados
Outra orientação é para que os agentes que não integraram as equipes, redobrem as atenções nas vistorias aos imóveis, bem como no trabalho educativo. O foco são os depósitos de água localizados a nível de solo, bem acima os depósitos fixos (calha, lage, ralos, sanitários em desuso, etc.), e depósitos móveis (vasos e pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais, etc.). Estas ações ficam concetratadas mais nas escolas, Associações de Pais e Mestres e de Moradores, além de outras instituições.
Os imóveis fechados também serão ‘atacados'. O serviço será feito por um fiscal sanitário, um chaveiro, agente de endemias e três pessoas contratadas pela Seinfra, para fiscalização e aplicação de sanções previstas pela legislação; abertura do imóvel; vistoria, eliminação e tratamento, como também eliminação e remoção de depósitos inservíveis passíveis de retirada.