A Marquês de Sapucaí abriu o primeiro dia de desfile das escolas de samba de Corumbá neste domingo (19), pelo grupo de acesso. Fez uma homenagem a Corumbá e ao Pantanal, apresentando os encantos e recursos naturais dessa terra pantaneira com o enredo ‘Pantanal aos olhos de Corumbá, cores, belezas, riquezas, vidas a preservar'. Mas, mostrou também uma preocupação com os problemas ambientais, causados principalmente pelas mãos do homem. A agremiação presidida por Odeti Brinckler de Oliveira Bueno e fundada em 29 de fevereiro de 1988, desfilou com cerca de 1,3 mil componentes distribuídos em 16 alas.
O desfile foi aberto às 20h30, dentro do horário previsto pela Liga Independente das Escolas de Samba de Corumbá (Liesco). Aliás, foi o próprio presidente da Liga, Zezinho Martinez que autorizou o início da apresentação deste domingo. Ele que retornou do Rio de Janeiro onde, ao lado do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira, prestigiou a grande apresentação da Inocentes de Belford Roxo na noite de sábado, na Marquês de Sapucaí, homenageando Corumbá.
Coube aos ‘Guardiões da natureza pantaneira' abrir o desfile da Marquês. A comissão de frente foi coreografada por Jô Diuary e apresentou uma fantasia em diversos tons verdes com detalhes em folhas e flores, simbolizando os protetores da fauna e flora pantaneira. O carro abre alas, ‘Fauna e flora – ninhal de tuiuiú', apresentou as belezas contagiantes do Pantanal.
O verde das matas, colorido das aves, a onça pintada e o homem pantaneiro foram representados pelas quatro primeiras alas da agremiação. Antecederam o show de Jorginho e Irinéia, primeiro casal de mestre sala e porta bandeira da escola, com a fantasia ‘Pantanal, harmonia perfeita'.
O segundo carro representou a ‘Água pantaneira – fonte de vida'. Veio à frentes das alas da baiana, que representou o Rio Paraguai; a vitória régia; a piracema, período de reprodução dos peixes, como também a lenda do minhocão e o pescador. As passistas representaram as cafezinhas ribeirinhas, aves que vivem às margens dos rios pantaneiros.
A escola não esqueceu as agressões ao meio ambiente. Seu terceiro carro representou a agressão à fauna e flora, seguido da ala desmatamento, e da bateria que mostrou uma preocupação com as queimadas que têm causado danos ao meio ambiente. Fez uma crítica também à poluição com uma ala onde a cor preta se destacou, e, com o segundo casal de mestre sala e porta bandeira, Helinho e Sarlidei, procurou mostrar os impactos ambientais.
Pediu maior consciência ambiental em seu quarto carro; homenageou os índios, primeiros moradores da terra pantaneira; defendeu a reciclagem como forma de desenvolvimento e preservação dos recursos naturais; enfatizou o turismo ecológico como fonte de desenvolvimento da região, inclusive com máquinas fotográficas como parte da fantasia, e encerrou sua apresentação fazendo um pedido de paz com a ala das garças reais.