A Mocidade Independente da Nova Corumbá realizou um desfile alegre, cheio de energia e que contagiou o público presente na passarela do samba. Durante mais de uma hora, proporcionou aos presentes, uma viagem pelo Mato Grosso do Sul, apresentando seus personagens, suas festas populares, seus cartões postais e suas riquezas, belezas naturais e as peculiaridades de cada região do estado criado em 11 de outubro de 1977. Não poupou energias para contar tudo isso no enredo "Nos trilhos da folia, a Mocidade apresenta Mato Grosso do Sul, um santuário de cor e alegria", com as mãos de seu carnavalesco Manoelzinho.
A apresentação foi uma mostra de que o carnaval corumbaense é realmente o melhor do centro oeste brasileiro, com o crescimento das agremiações responsáveis pelo espetáculo proporcionado anualmente na Avenida General Rondon. Fundada em 22 de junho de 1999, e presidida por João Pedro Cavassa, a Mocidade passou pela avenida com 1.200 componentes divididos em 12 alas. Não poupou brilho e aproveitou para convidar todos os presentes na passarela, a fazer uma viagem pelo estado para conhecer um pouco da região, como Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Ponta Porá, Bonito, Coxim, entre outras cidades sul-mato-grossenses.
Destacou o Pantanal logo na abertura, com a comissão de frente coreografada por Joilson da Silva Cruz, representando o Mar de Xaraés. Na fantasia, ate o dourado foi lembrado, ele que está com sua pesca proibida em rios corumbaenses. O carro abre também reverenciou a região pantaneira, com destaque para a arara, símbolo da agremiação.
A ala das baianas foi outro atrativo, com senhoras fantasiadas de borboletas azuis. O Aqüífero Guarani veio representando no primeiro casal de mestre sala e porta bandeira, Kleber e Kássia Costa, e a bateria com a fantasia festa do peixe, aliás, uma bela bateria com 180 componentes. Mostrou ainda as belezas e as cores pantaneiras, as artes plásticas (homenageou Jorapimo), o artesanato, a imigração (os povos que vieram de outros países para o MS), a cerâmica terena, o tereré, a viola de cocho.
Não esqueceu das festas tradicionais como o próprio carnaval, Festival América do Sul, São João, o porco no rolete (São Gabriel d'Oeste), a festa da linguça (Maracaju). Mostrou as indústrias, a extração mineral, a agropecuária, a gastronomia. Viajou até Coxim e embaixo do Pé de Cedro, lembrou o compositor Zacarias Mourão, e a música regional, que marcou o encerramento do seu desfile.