Atendimento humanizado aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) nas cirurgias eletivas (que não apresentam características de urgência ou emergência); agendamento descentralizado das cirurgias, feito diretamente pelo médico via internet; valorização dos funcionários, com pagamento de salários dentro do mês trabalhado; implantação de sistema informatizado de controle efetivo da compra e saída de medicamentos e materiais hospitalares; funcionamento efetivo dos setores de Tesouraria, Contabilidade e Compras; e recuperação de parte da estrutura física. Estes foram alguns dos avanços apresentados pela Santa Casa de Corumbá nos últimos dois anos.
A instituição médica, que desde 2010 é administrada por uma Junta Interventora nomeada pelo prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha de Oliveira (PT), disponibiliza atualmente 166 leitos, sendo que 90% deles são destinados ao SUS. O corpo clínico é composto por 84 profissionais e a enfermagem tem outros 158 funcionários. Mas o maior número de trabalhadores está na parte administrativa: 182. Ao todo, são 424 pessoas atuando no atendimento ao público na instituição. O Hospital de Corumbá conta com nove setores para atender pacientes internados. Vinte convênios, incluindo o SUS, são atendidos no local.
Desde sua nomeação, a Junta Interventora realizou intervenções no Laboratório de Análises Clínicas, adequando-o às normas vigentes no País. Hoje ele funciona em uma sala maior, onde os equipamentos médicos utilizados e materiais contaminados recebem tratamento adequado. No serviço foram aplicados R$ 64 mil, parte proveniente do pedágio da rodovia Ramão Gomes, com contrapartida da Prefeitura Municipal. A maternidade foi outro setor que recebeu melhorias. A Prefeitura investiu R$ 30 mil na aquisição de 24 poltronas reclináveis e nove aparelhos de ar condicionado, garantindo maior conforto e segurança para as mães, recém nascidos e acompanhantes.
Além disso, hoje, todos os leitos estão disponíveis para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Neste período a recepção da maternidade também foi reformada. O local foi ampliado e adaptado para melhor atender às mães e seus acompanhantes; a fachada foi totalmente pintada, com utilização de material doado pela comunidade. Para se ter uma idéia, o único gasto do município foi com relação à mão de obra, cerca de R$ 6 mil. Outros R$ 45 mil foram aplicados na aquisição de lençóis, enxoval, vestimenta para o corpo cirúrgico, funcionários e pacientes do hospital, o que representou uma significativa melhoria no setor de rouparia.
Ao mesmo tempo, o grupo Humanização do Hospital, formado por funcionários, reformou o setor SB1, com apoio da Receita Federal, reformou seis leitos, equipado-os para atendimento dos servidores da instituição médica. Ao mesmo tempo foi feita regulação do estoque de gêneros alimentícios, visando uma alimentação saudável, de acordo com orientação da nutricionista, a partir de um padrão de qualidade com implantação de cardápio variado, (eram fornecidos quatro tipos de alimentação – para o paciente particular, para o médico plantonista, para os funcionários e para o paciente do SUS).
A pior alimentação era para o paciente do SUS. Além disso, para cada tipo de alimentação existia uma cozinheira diferente. Tudo isso representou em uma redução de custo de aproximadamente 20%. Hoje, o hospital recebe doações do Programa de Agricultura Familiar (compra direta do produtor e distribuição às entidades assistenciais por parte da Prefeitura), bem como de pessoas da sociedade em geral. Também foram adquiridos produtos adequados à lavagem e desinfecção da rouparia; adequação do quadro de funcionários do setor; recebimento de doações de rouparia do Rotary, Maçonaria, Marinha do Brasil e de empresário e comerciantes da região.
Foram contratados serviços de gasometria (que há mais de 6 anos não existia no hospital); revisão completa da usina de oxigênio, com custo superior a R$ 20.000,00. Por não ter sido realizada manutenção preventiva na administração passada, houve necessidade de desembolso de mais de R$ 26 mil para aquisição de oxigênio, durante o período em que a usina ficou sob manutenção. A Santa Casa também recuperou o alvará sanitário junto à Secretária Estadual de Saúde, como também autorização para compra de medicamentos necessários ao atendimento hospitalar. O alvará sanitário para a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (UNACOM) também foi liberado.
Neste ano, a Prefeitura adquiriu uma nova autoclave para a Santa Casa. O moderno aparelho, com capacidade de 200 litros, substitui o antigo equipamento que, em anos anteriores, precisou passar por consertos prejudicando o atendimento na unidade hospitalar, inclusive com suspensão de cirurgias, como ocorreu em setembro de 2011. O aparelho está em pleno funcionamento após realização dos testes químicos, cujos resultados foram considerados satisfatórios, comprovando as condições do novo equipamento. O Executivo também finalizou o processo de compra dos aparelhos viabilizados pelo convênio com a Vale.
Os 334 itens, que totalizaram investimento de R$ 1.474.071,00 (um milhão, quatrocentos e setenta e quatro mil e 71 reais), tem prazo contratual para entrega de até 80 dias, mas a Prefeitura trabalha para reduzir esse tempo junto aos fornecedores, definidos através de processo licitatório. O valor conveniado foi de R$ 1.780.000,00. A diferença de R$ 305.929,00 (trezentos e cinco mil, novecentos e vinte e nova reais) também será aplicada no hospital. O Executivo, a direção da Santa Casa e a Vale vão se reunir para definir a melhor forma de investir esse montante.