Uma caminhada pelas principais ruas da cidade encerra, neste sábado (30), a Semana Nacional Antidrogas em Corumbá. A mobilização terá início às 9 horas, no cruzamento das ruas Frei Mariano e Porto Carreiro. Promovida pelo Conselho Municipal Sobre Drogas (COMAD), com apoio da Prefeitura, várias atividades de conscientização e prevenção ao abuso de drogas foram desenvolvidas durante a Semana Antidrogas.
Na quinta-feira, os usuários do CAPS ad (Centro de Atenção Psicossocial – álcool e drogas) e da ACLAUD (Associação de Pais e Amigos de prevenção e assistência aos usuários de drogas de Corumbá e Ladário) participaram de uma ação de socialização na Fazenda Senhor Jesus, localizada na região do Urucum. Cerca de 60 pessoas participaram da atividade. Todos receberam roupas e outros materiais doados pela Prefeitura.
Na última terça-feira, Dia Internacional de Combate às Drogas, o presidente do Conselho Estadual Antidrogas (CEAD), Sérgio Harfouche, ministrou palestra sobre o tema. Harfouche, que também é promotor da Infância e Juventude de Campo Grande, destacou a necessidade de ações conjuntas para combater o abuso de drogas licitas e ilícitas.
“A palavra de ordem é responsabilidade compartilhada”, observou, se referindo a atuação dos Conselhos Municipais, Poder Público, Judiciário, sociedade civil e a iniciativa privada. “É impossível dissociar o consumo de drogas da pratica de outros ilícitos”, afirmou o promotor, defendendo a necessidade tratamento aos dependentes químicos.
O juiz da Vara de Infância e Juventude de Campo Grande, Roberto Ferreira Filho, representante do Judiciário no CEAD, ressaltou o papel da família na recuperação de jovens usuários de substância psicoativas. “Começa por ela e deve passar sempre por ela. Na Constituição, no artigo 227, vai claramente dizer que é dever da sociedade, do Estado e da família o atendimento prioritário à criança e ao adolescente”, enfatizou.
O magistrado foi enfático ao afirmar que a família precisa assumir uma posição de protagonista nesse enfrentamento. “É bom isso ficar bastante claro. Ela é ator principal nessa luta. Não pode simplesmente lavar as mãos e transferir para terceiros. E o Estado também tem que ter a sensibilidade de envolvê-la nisso. A família tem sua responsabilidade, mas deve ser tratada como parceira e não ser excluída desse atendimento”, completou.