Conhecida como Capital do Pantanal, Corumbá se orgulha do seu patrimônio natural e por ser considerada um portal para o santuário ecológico. No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado nesta terça-feira (12), o município ressalta a importância de uma das suas maiores riquezas naturais, que abriga milhares de espécies e torna a cidade ainda mais especial tanto para quem mora, quanto para quem visita.
Corumbá ocupa 60% da maior planície alagável do planeta. São 65 mil quilômetros de rios, lagos, vegetações, courixos, baías e campos alagáveis. De acordo com a WWF-Brasil, todo o Pantanal é berço de 4,7 mil espécies entre animais e plantas. Entre as levantadas estão 3,5 plantas (árvores e vegetações aquáticas e terrestres), 325 peixes, 53 anfíbios, 98 répteis, 656 aves e 159 mamíferos.
O principal rio da planície pantaneira, responsável pela manutenção da vida no bioma, o rio Paraguai se faz presente em Corumbá. As águas que iniciam no estado de Mato Grosso e terminam no Paraguai banham as terras corumbaenses e são responsáveis por um dos cartões postais mais bonitos da cidade. É no Porto Geral que o visitante pode apreciar um belo pôr-do-sol próximo da natureza.
O Pantanal recebe milhares de turistas de todas as regiões do planeta, que se encantam com as belezas do bioma. O desafio é aliar o turismo com a preservação do meio ambiente. Para isso, a Prefeitura de Corumbá busca alternativas para promover o segmento de forma sustentável e tirar o foco apenas da pesca. Para isso, o Município participa, em parceria com o Governo do Estado e várias outras instituições, da reativação do Comitê Gestor da Estrada Parque que, entre as atribuições, estão ações de educação ambiental e valorização da Estrada-Parque Pantanal.
“Buscamos promover o turismo acadêmico, de contemplação, focagem noturna de jacarés, pedaladas na Estrada Parque, caminhadas, formas diferenciadas”, observou o superintendente de Turismo de Corumbá, Sandro Asseff. As alternativas inclusive foram apresentadas durante rodadas de negócio na 3ª Expo-MS, realizada no mês de maio em Campo Grande.
Preocupado com os estoques pesqueiros, o Município de Corumbá sancionou lei proibindo a pesca do dourado. Sancionada pelo prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT), a lei proíbe a captura, o embarque, o transporte, a comercialização, o processamento e a industrialização da espécie no município por um período de cinco anos.
A lei nº 2.237, de autoria do Executivo municipal, busca garantir a conservação ambiental, a manutenção da piscosidade e o desenvolvimento da pesca ambientalmente sustentável no Pantanal. O projeto foi aprovado pelo Legislativo e teve apoio de pescadores, ribeirinhos e empresários do setor turístico.
Além da busca pela promoção de atividades alternativas, a Prefeitura de Corumbá também atua na conscientização da população. Para isso, várias ações são realizadas pela equipe da Fundação do Meio Ambiente e Desenvolvimento Agropecuário (Funterra). Desde a última semana, os alunos de escolas da cidade recebem capacitações sobre o assunto.
Entre os temas apresentados aos estudantes estão: Produção de mudas de espécies exóticas e nativas; Cultivo de hortas orgânicas; Coleta, beneficiamento e armazenamento de sementes de espécies nativas e exóticas; Meio Ambiente e Consumo; Água: disponibilidade, usos e conservação e Espécies aquáticas invasoras e seus impactos. Os palestrantes são pesquisadores da Embrapa Pantanal.
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